quarta-feira, 13 de abril de 2011

Elizabeth Bishop e Léa Dant




Regina Braga, Marta Góes e Linda Nemer (amiga da escritora), na casa onde Bishop morou em Ouro Preto

Os olhos azuis atrás dos óculos de grau, armação branca, duas camisetas sem manga sobrepostas, a calça de malha gostosa de quem está à vontade em casa. Regina Braga recebeu a Arteplural para falar de Um Porto para Elizabeth Bishop, a peça que reestreia 10 anos depois de seu lançamento, exatamente no centenário de nascimento da escritora americana. A poeta que viveu mais de uma década no Brasil ao lado da companheira Lota Macedo Soares, a urbanista responsável pelo desenho do Parque do Flamengo.

Regina Braga está ansiosa para voltar aos palcos depois de viver a Cecília na novela Tititi, de Maria Adelaide Amaral. Com texto "da amiga de sempre, de toda uma vida, Marta Góes", o espetáculo volta dia 13 de maio no Teatro Eva Herz, no Conjunto Nacional, dentro da Livraria Cultura. "A Marta é madrinha do Gabriel", diz, referindo-se ao filho Gabriel Braga Nunes, que interpreta um vilão na nobela das 9 da Globo, Insensato Coração.


Terminada a entrevista, combinamos a estratégia da assessoria de imprensa, falamos das fotos a serem feitas por João Caldas alguns dias depois e vimos outras do acervo pessoal da atriz. Registros de quando levou a peça para Ouro Preto, onde Elizabeth Bishop manteve uma casa - a outra foi em Petrópolis.


Imagens de Regina com Marta Góes na varanda, na cadeira de banlaço, pelas ruas. Deu água na boca para começar o trabalho e conviver mais tempo com essas pessoas queridas. Regina Braga, Marta Góes - que foi minha editora no Caderno 2, em época de frila fixo -, vai ser uma delícia!


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Léa Dant, diretora francesa faz residência no Capobianco




Na manhã seguinte, entrevista com a diretora francesa Léa Dant, no Instituto Cultural Capobianco. A artista - que já veio ao Brasil 8 vezes - está em São Paulo tocando o projeto de residência artística no Teatro da Memória. O resultado será a peça Antes de Partir, com estreia programada para 3 de maio.

Uma certa timidez, Léa - que já compreende e fala razoalvemtente o português -senta-se ao lado da tradutora na sala de Fernanda Capobianco, neta do dr Júlio Capobianco - o idealizador do espaço. Grávida de poucos meses, a francesa conta que conhece o trabalho do Grupo IX de Teatro e do Teatro da Vertigem, de Antonio Araújo, o Tó.



Simpática, sorri ao explicar como será a peça: Será um espetáculo percurso. Seis personagens sabem que estão vivendo seus últimos momentos ... antes de partir. Eles compartilham esse momento derradeiro com a plateia, que os descobre, um após o outro, nos cantos de uma csa antiga, e se perguntam - o que é mais importante para você na vida?



Saímos de lá entusiasmadas, eu e Adriana, com o processo de trabalho na divulgação da peça.


A repórter Maria Eugênia de Menezes, que entrevistou Léa Dant, está na capa do folder da peça




(Fernanda Teixeira)

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