sexta-feira, 23 de julho de 2010

Prazer, Max Lopes de Oliveira

Stela, Matheus e Max

Stela Lopes, especial para o Blog do Dudu

Bem, olá Dudu... inha mãe, amiga da sua, a Fernandinha, resolveu me apresentar pra galera...eu sou o Max, vou fazer 9 aninhos agora em agosto, e sou a atração daqui de casa.. até o ano passado, eu tinha um companheiro, o Snow, um rato branco da familia, que teve sérios problemas de saúde, inclusive um derrame, e que acabou partindo dessa...

Hoje, ouvi dizer, ele mora na jardineira na frente da casa, mas o Matheus, o caçula daqui de casa, não faz a menor idéia disso, minha mãe não quer que ele saiba.. Ele acha que o Snow foi passar uns tempos na veterinária e que ela não quis mais devolvê-lo, pode? Assim sendo, eu sou o preferido... ganhei uma casa nova e adoro ficar nesse espaço, mas quando meu pai fica no mini-estúdio gravando, ele faz questao que eu entre e fique perto dele fazendo companhia..

Ah, preciso contar essa.. minha mãe também tem uma tartaruga que mora na casa da máe dela, portanto, minha avó... Eles tentaram trazê-la pra morar aqui, mas eu não deixei... morri de ciúmes daquela casca grossa, comia toda a comida dela e não a deixava em paz...foi um unico final de semana e, graças a Deus, ela retornou pra onde nunca deveria ter saído...

Eu já fui muito bravo, hoje nem tanto... Adoro dar uns rolês, principalmente ir para a praia, mas agora, com esse frio, faz tempo que a gente não vai...la na casa em Itanhaém, eu também tenho uma casa, mas gosto mesmo é de ficar deitado naa areia ou vigiando o espaço... Acho que deu para me apresentar... Assim que der, minha mãe fala mais de mim para vocês... Max Lopes de Oliveira.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Assunto escabroso

Gente, meu pitaco sobre um dos assuntos mais escabrosos dos últimos tempos nesse século 21. O Fantástico veiculou um vídeo com entrevista do ex-goleiro do Flamengo Bruno, principal suspeito de ter engedrado de forma cruel e covarde a morte da ex-amante. A matéria foi gravada dentro do avião, no vôo que levou os acusados do Rio de Janeiro para o presídio de segurança máxima em Minas Gerais. Bruno bateu papo com seu interlocutor sentado na poltrona no avião.

Voltando um pouco no tempo..... A mulher teve um filho dele e a pessoa (um tipo brucutu, feito só de músculos, cujo principal passatempo fora dos campos deve ser surubas e orgias em churrascos à beira de piscinas de mansões de mal gosto), carente de uma Educação que lhe propiciasse uma visão menos limitada, ignorante e sem inteligência do mundo, preferiu matar a pagar uma pensão alimentícia. Decidiu jogar a carreira milionária na lata de lixo. Problema dele.

Voltando ao que interessa, ao domingo, 18 de julho de 2010...O programa em questão fez inúmeras chamadas sobre a grande matéria que colocaria no ar no final da noite. “Espetaculoso”, fantástico como o próprio nome diz, a atração sempre leva aos telespectadores assuntos que tenham característica intrínseca com seu título. Privilegia um "jornalismo show” em detrimento do da boa prática da profissão. A gente assiste porque quer. Depois do vídeo, perguntas banais ficaram no ar, sem respostas:

1. Quem segurou o microfone e gravou a entrevista, feita dentro do avião, no vôo que levou o tipo de quinta do Rio de Janeiro ao presídio de segurança máxima de Minas Gerais?

2. Alguém da própria polícia, já que se supõe que ele – algemado como aparece nas imagens – estivesse sendo conduzido por investigadores da própria polícia, as duas delegadas?

3. O advogado do sujeito, interessado em fazer perguntas que resultassem em respostas convenientes ao seu cliente?

4. Algum repórter em busca de um furo? Como ele teria entrado na aeronave, alguém teria autorizado?

5. Um agente secreto ou um videomaker amador que depois vendeu a fita a preço exorbitante?

6. Quanto a emissora pagou pelo material?

7. Por que a Rede Globo colocou no ar, além do simples fato de querer aumentar sua audiência? Não checou a procedência ou apurou a fonte?

8. Por que a polícia ainda não apreendeu a fita e os telejonais da emissora continuam a exibi-la?

9. Ela serve de prova, esse testemunho deve ser considerado, já que tudo indica que foi manipulado?

10. Por que o armário resolveu falar, já que se manteve calado desde que foi indiciado?

Elementar, meu caro. As perguntas, assim como as respostas, eram de décima categoria. Deixavam claro que se tratava de uma estratégia para que o acusado respondesse questões de seu completo interesse, se inocentando de tudo.

Alguém tome uma providência, fazendo o favor?

Em tempo: o que é um tapinha levado no peito para quem esquartejou uma pessoa? E o que seria uma picadinha de seringa para o exame de DNA?

(Fernanda Teixeira)

sábado, 17 de julho de 2010

Rio Preto fervilha

Depois da peça, o papo com Fernando Fialho, enquanto Adriana Balsanelli dava suporte ao repórter cinematográfico da TV Cultura (Pablo) para a entrevista ao Metrópolis. Da pizza com a jornalista Maria Eugênia de Menezes, do Estadão, surgiu a ideia da pauta com o dramaturgo americano Richard Maxwell e o diretor Roberto Alvim. Noite tranquila no hotel Michelangelo.

Dia seguinte da abertura do Festival Internacional de Teatro, café da manhã com Fábio Mazzoni e Emilie Sugai - que estão em Rio Preto com o espetáculo Hagoromo. Em outra mesa, o diretor Marcelo Lazzaratto e o pessoal da Cia. de Teatro Elevador Panorâmico. Teve, ainda, encontro com secretário de Cultura de São José do Rio Preto, Deodoro Moreira, almoço na charmosa Swift, e despedida das assessoras locais Ariéle, Mariana, Simone.

No finalzimnho, papo com o diretor Roberto Alvim e os curadores Gabriela Melão, Sidnei Martins, Sérgio. Adriana ficou na rodoviária - visitaria a família a poucos quilômetros dali - e eu fui para o aeroporto levando na bolsa a fita gravada com as imagens do programa Metrópolis que o motoboy retiraria duas horas depois na Arteplural. No avião, outros profissionais que estavam no FIT também. E um o ar condicionado mais gelado que o usual.

Rinite alérgica na noite de sábado. Fim de semana de cama. Perdi o festão da amiga Vera Mestre Rosa. Só no domingo coloquei o nariz para fora de casa. Fomos almoçar no aconchegante Zino, na Joaquim Távora, Vila Mariana. Depois de alguns copos de vinho e risoto de pera com gongonzola, catamos carambolas direto das árvortes no quintal do restaurante.

(Fernanda Teixeira)

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Festival Internacional de Teatro

Uma meia lua recortada no céu testemunhou a abertura do FIT 2010, quinta, 15 de julho, com a apresentacão do espetáculo Antes, da Cia Armazen. Especialmente criada para o FIT, a peça foi apresentada ao ar livre, para um publico de quase 5 mil pessoas, junto à represa, na noite de vento gelado em São José do Rio Preto. Vendedores ambulantes, pipoqueiros, cheiro de churrasquinho no ar, a banda ao vivo na meia arena do espaço cenográfico deram ao espetáculo ares de show de rock. Por pouco mais de uma hora, o teatro flertou com o povo, o popular teatro brasileiro. Nós aplaudimos.
(Fernanda Teixeira, de Rio Preto)

Fotos de Hélio Tuzi

sábado, 10 de julho de 2010

Valha-me, Copa do Mundo!

Heitor Flumian, especial para o Blog do Dudu

Creio que raríssimas pessoas foram felizes nos seus palpites nos ‘‘bolões’’ da Copa por aí. Os viciados em futebol, certamente, foram surpreendidos (novamente?); logo, mulheres (desculpem-me, vocês são a razão da nossa existência, mas a verdade é que a grande maioria não entende bulhufas), ranzinzas de plantão (apenas pessoas infelizes teimam em menosprezar a redonda e seus 22 marmanjos) e leigos despretensiosos (por que não participar da brincadeira?) devem ter ganhado uma graninha nesse bolão.

A Copa, assim como sua cria Jabulani, está um tanto inconstante. Com exceção da Alemanha entre as seleções semifinalistas – esteve entre as quatro melhores em 11 edições das 18 disputadas até agora – parece que tudo pode acontecer. As sempre favoritas seleções do Brasil, Itália, França e Inglaterra decepcionaram.

Os guerreiros-brahmeiros-religiosos canarinhos até ameaçaram brilhar, mas não se ganha o mais importante e desejado campeonato de futebol do planeta apenas com uma ótima zaga, com um ataque renomado e com os 11 titulares. O meio campo é o equilíbrio do time, onde é dada a cadência ao jogo, e nosso afável Dunga só levou carregadores de piano entre os reservas para essa posição, preterindo qualquer possibilidade de futebol arte que ousasse sair de seu regime tático para definir uma partida.

Já os vaidosos italianos envelheceram e pouco renovaram na convocação; a maioria dos jogadores deveria ter se aposentado da seleção após a conquista de 2006 a tempo de sair ‘‘por cima’’. Os nossos carrascos franceses, sem o maestro Zidane, protagonizaram o maior papelão da competição graças à arrogância e a falta de carisma de seu técnico aliado ao conflito de egos e de disciplina de alguns de seus principais jogadores. Os ingleses, por sua vez, deixaram o bom futebol no badalado Campeonato Inglês e seu maior destaque em terras africanas foi Mick Jagger, o maior pé-frio da história.

A Argentina só é decepção para nós quando ganha, então, fizeram bonito! Se os hermanos vencessem o mundial com Maradona como técnico, o mundo não seria o bastante para tanta auto-estima. Do futebol africano também se esperava mais, porém menos por sua evolução futebolística nos últimos anos que pela comum idealização de vê-lo, pela primeira vez e em seu continente, no topo do mundo. Pecaram ao tentar europeizar seu estilo de jogar futebol, jogando de maneira excessivamente pragmática, perdendo sua peculiar alegria, a magia do imprevisto, da gingada que leva ao gol e da posterior dança na comemoração. Americanos e orientais vêm melhorando cada vez mais e, junto aos sul-americanos do segundo escalão, fazem da Copa do Mundo uma competição mais equilibrada e difícil de ser conquistada.

Camisa e tradição não ganham mais jogo, e isso é bom para o futebol, o mais popular e democrático dos esportes. Popular pois não há outro esporte que pare o mundo para ser apreciado. Democrático porque não é preciso mais do que dom e um par de pernas para praticá-lo; brancos, negros, amarelos, altos, baixos, velozes, lentos, fortes, franzinos, religiosos, boêmios, há gramado para todos.

Dessa vez Espanha, que costuma chegar como uma das favoritas e amarelar no caminho, e Holanda, que foi duas vezes vice-campeã, farão uma inédita e inesperada final. Domingo uma delas entrará no seleto grupo das campeãs mundiais (Brasil, Itália, Alemanha, Argentina, Uruguai, França e Inglaterra). E depois disso, só lamento. Serão mais quatro longos anos na espera pelos próximos gols, polêmicas de arbitragem, musas nas arquibancadas, folgas no trabalho e bolões imprevisíveis.