domingo, 26 de junho de 2011

Ato Político

A cantora Klébi


A jornalista Roseli Taredelli no seu Camarote Solidário, no mezanino do Conjunto Nacional



Todo ano lutando contra a rinite




Parada Gay - Direitos iguais para todos

















terça-feira, 21 de junho de 2011

Pela primeira vez teatro trata transexual seriamente


Por Maria Lúcia Candeias
Doutora em teatro pela USP
Livre Docente pela UNICAMP

O teatro tem tratado com muita simpatia os transexuais e apresentado com grande humor como é o caso de “Tango Bolero e Cha Cha Chá” entre outros. A peça que mais se aproximou de tentar combater o preconceito mais ou menos generalizado, foi “Transex”, há alguns anos atrás, de autoria de Rodolfo Garcia Vazques. Transex se apresentou nos Satyros com Ivam Cabral como protagonista, enfocando uma personagem extremamente sonhadora, gentil, delicada e sensível como se acredita serem muito mais as mulheres do que os homens.

Em “Luis Antonio Gabriela” Nelson Baskerville tem a coragem de escrever e dirigir uma montagem confessadamente autobiográfica. Trata de um irmão que, sem condições de se dar bem por aqui (como acontece com boa parte dos transexuais) imigra para a Espanha como prostituta. Aqui quando alguém se dá bem é em cabeleireiros, algumas pouquíssimas vezes no palco e olhe lá. Basta lembrar que a maioria dos condomínios não as aceita como moradora.

Vale lembra que autor do texto acatou intervenção dramatúrgica de Verônica Gentilin. Mas a brilhante direção (incluindo cenário, iluminação que assina com Marcos Felipe) é só do tarimbado Baskerville mesmo. Com elenco às vezes cantando (Gustavo Sarzi) ou dançando ou dando apartes cômicos o encenador consegue maneirar e acalmar as emoções da platéia, sem cair no dramalhão. Os ótimos figurinos são de Camila Murano. Por todas essas razões e mais ainda por se tratar de um texto com enfoque completamente diferenciado é imperdível.

Na minha opinião, é talvez a melhor obra nacional que se seguiu a Plínio Marcos e Nelson Rodriques. Está em cartaz no Galpão de Folias de quinta a sábado às 21hs e nos domingos às 18hs. Até 17 de julho. Não deixe de ver.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Noel com Tudo em Cima


Maria Lúcia Candeias
Doutora em teatro pela USP
Livre Docente pela UNICAMP

“Noel Rosa, o Poeta, o Músico, Cronista de Uma Época” é um espetáculo em cartaz no Teatro Brigadeiro (nos fins de semana) que reúne músicas e biografia do autor de “As Pastorinhas”, entre tantas outras de suas composições. Você sabia que ele morreu com 26 anos (1910 a 1937) deixando mais de duzentos sambas que todo mundo canta até hoje?

A maior parte dos músicos e críticos o considera o maior sambista de todos os tempos. Não se sabe se outros gênios tipo Nelson Cavaquinho, Cartola e Adoniram vão durar tanto em cartaz como ele. Vale lembrar que Chiquinha Gonzaga (século XIX) que sobrevive há mais tempo, não mantém tanto sucesso embora seu “Abre Alas” continue famoso.

Só pra conhecer melhor esse gênio brasileiro, o poeta da vila, já vale correr para assistir a esse trabalho escrito e dirigido por Cybele Giannini (que também atua como a mãe do protagonista) e imagine, somado a isso ouvir suas maravilhosas músicas.

Não vacile seja como as pessoas que nascem na vila e nem sequer vacilam ao abraçar o samba. Ainda mais que além do elenco treze atores há também o conjunto de seis excelentes músicos que integram o Grupo JB Samba.

Nos papéis centrais estão: Glau Gurgel (Noel), Karina Pedrosa (a mulher indigesta) e Áurea Giovanini (Ceci) fazendo as duas namoradas. Além deles, a ótima direção musical é de Reinaldo Sanches, os excelentes figurinos são da diretora enquanto que a coreografia a cenografia e a iluminação levam a assinatura de Paulo Perez que se dá bem em coisas tão diversas.

Se você perder, provavelmente não vai poder pedir ao garçom uma média que não seja requentada e terá que se contentar com um simples pingado.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Elizabeth Bishop encontrou um porto, e você?

Por Maria Lúcia Candeias
Doutora em teatro pela USP
Livre Docente pela Unicamp


A partir de escritos da poetisa norte-americana Elizabeth Bishop (1911-1979), a dramaturga e jornalista Marta Góes produziu um texto extremamente delicado e comovente, que não perdeu um mínimo de sua intensa qualidade mesmo após 10 anos, quando foi montado pela primeira vez.

Claro que esses acertos também se devem à maravilhosa interpretação de Regina Braga, à direção como sempre competente de José Possi Neto e ao trabalho brilhante e integrado de todos os que se encarregam da parte técnica. É o caso do singelo cenário de Jean-Pierre Tortil, dos vídeos de Espiral Filmes, da iluminação de Wagner Freire, da assistência de direção de Mônica Sucupira e da trilha sonora de George Freire.

O enredo trata de duas histórias de amor intenso. Uma entre Elizabeth e seu par que parece não ser assim tão intensa, mas o é, pois dura quinze anos, tempo em que se acompanha também suas várias e curiosíssimas impressões do Brasil, a outra história de amor que começa num estranhamento e continua num crescendum. O espetáculo imperdível está em cartaz no teatro Eva Herz, nos fins de semana (sextas e sábados às 21hs, domingos às 19hs), na Livraria Cultura do Conjunto Nacional.

Grande chance de você encontrar seu porto caso ainda não o tenha feito.

sábado, 4 de junho de 2011

Casa das Rosas, almoço gostoso


Almoçar na Casa das Rosas, depois de uma caminhada pela avenida Paulista, continua sendo programa gostoso para dias introspectivos. Comida saborosa, preço honesto, livros para folhear. Cafezinho para arrematar e a agradável surpresa do encontro com o querido Claudinho Olivotto. Pode contar comigo para o show da Marina Lima, no SESC Vila Mariana, amigo!