Nos primeiros dias da Primavera, o tempo está estranho, chove, faz frio, parece Inverno. Tenho certeza - e a cada dia de uma forma diferente - de que a Internet revolucionou o mundo. Para o bem e para o mal. A mídia impressa preocupa-se muito mais hoje com as vendas. O jornalismo glamurizado morreu. Não é mais o editor de cultura que aprova as pautas. Perdeu essa autonomia. Agora o marketing quer saber o que estará nas páginas do jornal.
O próprio repórter precisa estar antenado nesses assuntos, puxar um pouco a brasa para essa sardinha. Afinal, as pessoas precisam ler notícias fresquinhas, continuar indo à banca comprar jornal e revista, ou mesmo assinando. O departamento comercial dos veículos hoje manda mais que antes porque a competição acirrou-se e é preciso vender. Se a notícia sai antes na internet, pensam eles, ninguém mais lerá no papel. Atualmente, a internet é uma faca afiada apontada na cabeça do publisher. Ela esgota os assuntos. Será?
(Fernanda Teixeira)
3 comentários:
É, Fê, só agora a imprensa está percebendo que, depois dos blogues com toda a sua agilidade, tudo o que elas publica vira "velho".
No começo a imprensa esnobou, mas hoje ela tem que engolir isso e encontrar meios de se superar.
Se uma publicação não pode ser a mais rápida, que seja a que mais profunda o tema. No fim das contas, isso pode ser bom para todos, fontes, imprensa, clientes e assessores.
Ops, revisão: leia-se acima, "tudo o que ela publica vira 'velho'".
Pois é, os caras - nossos coleguinhas - ainda não se tocaram que o furo jornalístico está com os dias contados. Isto é, se já não se foi, hehehehe. Mas recusar matéria de Cleyde Yáconis porque não vende revista é demais, não, não?
Postar um comentário