É o caso de Gabriel Villela. A maioria deles referentes às
suas em geral brilhantes encenações, como essa atual “Hécuba” de Eurípedes,mas
há outros que premiam suas atuações como cenógrafo ou como figurinista. Essa
amplitude de conhecimento talvez explique os fantásticos acertos dessa
extraordinária tragédia grega, do século V a.C., em cartaz no Teatro Vivo, que
no seu comando enche os olhos, ouvidos e o coração. Pessoas mais tocadas por
essa experiência como eu, provavelmente terão momentos em que julgam estar
diante de um coro grego original.
Vários motivos: coro extremamente afinado. Canções desconhecidas e bonitas, em língua diferente (não se parecem com as da Umbanda paulista), mérito também de Babaya e Ernani Maletta. Máscaras e adereços de Shicó do Mamulengo, Giovanna Vilela e José Rosa. Figurinos deslumbrantes utilizando tecidos que não se tem certeza se são africanos ou orientais (o diretor).
Vários motivos: coro extremamente afinado. Canções desconhecidas e bonitas, em língua diferente (não se parecem com as da Umbanda paulista), mérito também de Babaya e Ernani Maletta. Máscaras e adereços de Shicó do Mamulengo, Giovanna Vilela e José Rosa. Figurinos deslumbrantes utilizando tecidos que não se tem certeza se são africanos ou orientais (o diretor).
Como se isso fosse pouco, os atores cantores arrasam.
Destacam-se aqueles que incorporam as principais personagens. Walderez de
Barros continua com tudo em cima, mas a rodeiam jovens muito talentosos e
promissores: é o caso de Nábia Vilela (linda, voz excelente) e Luiz Araújo que
se encarregam dos filhos de Hécuba. Todos dão conta do recado incluso os menos
jovens como Léo Diniz, Fernando Neves e Flávio Tolezani.
Vale destacar ainda a cenografia, assinada por Márcio
Vinícius, de super bom gosto, discreta e totalmente funcional. Nota dez.
Por tudo o que foi dito, é pra lá de imperdível.
Não deixe de ver.
Maria Lúcia Candeias
Doutora em teatro pela USP
Livre Docente pela Unicamp
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