Fábio Assunção e Norival Rizzo
Por Maria Lúcia Candeias
Doutora em teatro pela USP, Livre Docente pela Unicamp
Quem já admira muito os trabalhos de Fábio Assunção e Norival Rizzo como atores vai ficar de queixo caído se e quando for assistir ao espetáculo “Adultérios”, de Woody Allen. O galã da Globo - que interpreta um morador de rua - abdica de seus olhos azuis com uma maquiagem que esconde muito de seu charme e consegue convencer a plateia de que é seu personagem. O mesmo pode ser dito de Norival. Seus personagens costumam aparentar ser extremamente inteligentes e cheios de malícia, mas não é o caso. Convence a plateia interpretando um comportado pobre de espírito, se quiserem um “panaca” ou na linguagem jovem um “nerd”.
Essa leitura não parece criação do autor, mas ótima ideia do diretor Alexandre Heinecke, pois ambos são publicitários, um bem-sucedido e outro sem emprego - e por isso morador de rua. É fantástico, pois ambos assumem papéis opostos aos quais nos acostumamos a identificá-los, e colocam em xeque a imagem que fazíamos dele. Não citei Carol Moriottini, que contracena com a dupla masculina, pois tem aparição rápida, mas ela está ótima, além de bonita como o papel exige.
Quem costuma se ligar no visual pode estranhar o cenário (André Cortez) a princípio (todo em tiras de madeira), mas funciona muito bem como cama, banco de jardim e fundo de cena. Os figurinos (Leopoldo Pacheco) são também de bom gosto e adequados, assim como iluminação (Eduardo Queiróz) e a música (Caetano Vilela).
Enfim, é um espetáculo que tem tudo para agradar e está em cartaz nas sextas às 21,30hs, nos sábados em duas sessões às 20 e 22hs e nos domingos às 19hs no Teatro Shopping Frei Caneca, sexto andar. Ninguém deve perder.
Doutora em teatro pela USP, Livre Docente pela Unicamp
Quem já admira muito os trabalhos de Fábio Assunção e Norival Rizzo como atores vai ficar de queixo caído se e quando for assistir ao espetáculo “Adultérios”, de Woody Allen. O galã da Globo - que interpreta um morador de rua - abdica de seus olhos azuis com uma maquiagem que esconde muito de seu charme e consegue convencer a plateia de que é seu personagem. O mesmo pode ser dito de Norival. Seus personagens costumam aparentar ser extremamente inteligentes e cheios de malícia, mas não é o caso. Convence a plateia interpretando um comportado pobre de espírito, se quiserem um “panaca” ou na linguagem jovem um “nerd”.
Essa leitura não parece criação do autor, mas ótima ideia do diretor Alexandre Heinecke, pois ambos são publicitários, um bem-sucedido e outro sem emprego - e por isso morador de rua. É fantástico, pois ambos assumem papéis opostos aos quais nos acostumamos a identificá-los, e colocam em xeque a imagem que fazíamos dele. Não citei Carol Moriottini, que contracena com a dupla masculina, pois tem aparição rápida, mas ela está ótima, além de bonita como o papel exige.
Quem costuma se ligar no visual pode estranhar o cenário (André Cortez) a princípio (todo em tiras de madeira), mas funciona muito bem como cama, banco de jardim e fundo de cena. Os figurinos (Leopoldo Pacheco) são também de bom gosto e adequados, assim como iluminação (Eduardo Queiróz) e a música (Caetano Vilela).
Enfim, é um espetáculo que tem tudo para agradar e está em cartaz nas sextas às 21,30hs, nos sábados em duas sessões às 20 e 22hs e nos domingos às 19hs no Teatro Shopping Frei Caneca, sexto andar. Ninguém deve perder.
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