Um grupo de jovens já com formação teatral se candidatou a um curso ministrado pela encenadora francesa Léa Dant e promovido pelo Instituto Cultural Capobianco, cujo resultado é a semente do espetáculo “Antes de Partir” em cartaz somente às terças-feiras no teatro do mesmo nome. Esteve em cartaz durante dois meses na terça e quarta, mas amplia a bem sucedida temporada num só dia por semana. O tocante e bem elaborado texto trata das lembranças mais marcantes de cada um dos participantes, numa criação coletiva.
Cada memória tem um protagonista e transcorre numa das salas da casa da rua Álvaro de Carvalho 97. Há uma grande interação entre atores e público, que é convidado a fazer intervenções e contribuir com suas opiniões. Não é um tipo de espetáculo nunca visto nestas questões, mas é a primeira vez que assisto - em vinte e cinco anos como crítica, - a uma montagem como essa, que valoriza a vida e o amor entre as pessoas, tocando profundamente ao espectador e sem considerar tudo sem sentido.
A atuação do grupo de atores é excelente, em cenas às vezes faladas, outras cantadas, outras dançadas. São eles: Alejandra Sampaio, Ernesto Filho, Gabriela Fontana, Ismael Caneppele, Patrícia Gordo, Thaís Roji. Contribuem para esses acertos vários técnicos, entre os quais Marcos Tadeu. Por suas qualidades, é uma encenação que merece ser assistida. Isso, a despeito de sua simplicidade, e de ser “um espetáculo percurso” (ou seja, que começa andando meia quadra pela calçada e depois de uma sala para outra).
por Maria Lúcia Candeias
Doutora em teatro pela USP
Livre Docente pela Unicamp
Cada memória tem um protagonista e transcorre numa das salas da casa da rua Álvaro de Carvalho 97. Há uma grande interação entre atores e público, que é convidado a fazer intervenções e contribuir com suas opiniões. Não é um tipo de espetáculo nunca visto nestas questões, mas é a primeira vez que assisto - em vinte e cinco anos como crítica, - a uma montagem como essa, que valoriza a vida e o amor entre as pessoas, tocando profundamente ao espectador e sem considerar tudo sem sentido.
A atuação do grupo de atores é excelente, em cenas às vezes faladas, outras cantadas, outras dançadas. São eles: Alejandra Sampaio, Ernesto Filho, Gabriela Fontana, Ismael Caneppele, Patrícia Gordo, Thaís Roji. Contribuem para esses acertos vários técnicos, entre os quais Marcos Tadeu. Por suas qualidades, é uma encenação que merece ser assistida. Isso, a despeito de sua simplicidade, e de ser “um espetáculo percurso” (ou seja, que começa andando meia quadra pela calçada e depois de uma sala para outra).
por Maria Lúcia Candeias
Doutora em teatro pela USP
Livre Docente pela Unicamp