quarta-feira, 27 de julho de 2011

Um espetáculo muito afetivo e otimista



Um grupo de jovens já com formação teatral se candidatou a um curso ministrado pela encenadora francesa Léa Dant e promovido pelo Instituto Cultural Capobianco, cujo resultado é a semente do espetáculo “Antes de Partir” em cartaz somente às terças-feiras no teatro do mesmo nome. Esteve em cartaz durante dois meses na terça e quarta, mas amplia a bem sucedida temporada num só dia por semana. O tocante e bem elaborado texto trata das lembranças mais marcantes de cada um dos participantes, numa criação coletiva.

Cada memória tem um protagonista e transcorre numa das salas da casa da rua Álvaro de Carvalho 97. Há uma grande interação entre atores e público, que é convidado a fazer intervenções e contribuir com suas opiniões. Não é um tipo de espetáculo nunca visto nestas questões, mas é a primeira vez que assisto - em vinte e cinco anos como crítica, - a uma montagem como essa, que valoriza a vida e o amor entre as pessoas, tocando profundamente ao espectador e sem considerar tudo sem sentido.

A atuação do grupo de atores é excelente, em cenas às vezes faladas, outras cantadas, outras dançadas. São eles: Alejandra Sampaio, Ernesto Filho, Gabriela Fontana, Ismael Caneppele, Patrícia Gordo, Thaís Roji. Contribuem para esses acertos vários técnicos, entre os quais Marcos Tadeu. Por suas qualidades, é uma encenação que merece ser assistida. Isso, a despeito de sua simplicidade, e de ser “um espetáculo percurso” (ou seja, que começa andando meia quadra pela calçada e depois de uma sala para outra).

por Maria Lúcia Candeias
Doutora em teatro pela USP
Livre Docente pela Unicamp

Bixiga ou Zona Oeste?

Por incrível que pareça, hoje em dia é difícil saber se há mais teatros no Bixiga ao na zona oeste. É claro que não há tantas casas reunidas como na Praça Roosevelt, em nenhum outro bairro. Mesmo assim, temos, de memória SESI Leopoldina, SESC Pinheiros, Cultura Inglesa, SESC Pompeia, Cacilda Becker, Bradesco, Viga, Crisantempo, o Centro da Terra e duas novas: o Amandodito Espaço Cênico e o Viradalata, ambos na rua Apinagés nas Perdizes. Também há recentes na Bela Vista, por exemplo, na rua 13 de maio há o Espaço Elevador e a Sede do Teatro da Vertigem, além do Teatro Ivo60 na Teodoro Baima, próximo ao Arena. Em síntese, até parece uma competição.

Ainda não conheci alguns como o Ivo60 e o Amandodito, mas já estive no Elevador que é muito simpático e no Viradalata que quando estiver completamente pronto vai arrasar. Mas que mesmo agora é excelente. Tem bar, com sala de espera, um ótimo palco com iluminação e som de primeira. Vale a pena conhecer. O espetáculo que está estreando o espaço é “Mamy” com texto e direção de Alexandra Golik. Trata do caso de uma senhora de idade cuja casa pegou fogo e que tem de se hospedar com um dos dois filhos Laura (Luciana Ramanzini) e Felipe (Fabiano Geueli) ou com a nora, Suzi (a autora e diretora). O texto capta o interesse da plateia sem postular nenhuma tese. Os atores dão conta do recado. A cenografia é de extremo bom gosto (Moshe Motta é a autora) assim como o figurino (Diego Endo e Gabriela Pinesso). A eficiente iluminação é de Miló Martins e a música é de Marcelo Pellegrini. Não se trata de uma montagem imperdível, mas é boa diversão. O que é imperdível mesmo é o espaço, o teatro.


Maria Lúcia Candeias
Doutora em teatro pela USP
Livre Docente pela UNICAMP

terça-feira, 19 de julho de 2011

Delícia de peça, sob a batuta de Carla Candiotto



A Volta ao Mundo em 80 Dias



Desta vez, Carla Candiotto não economizou no repertório adquirido em mais de quinze anos de bagagem com a Cia Le Plat Du Jour. Em sua segunda direção fora do grupo este ano (a anterior foi Histórias por Telefone), a atriz imprimiu sua assinatura de forma ainda mais legível na inédita A Volta ao Mundo em 80 Dias. Quem conhece seu trabalho, reconhece a mão da atriz em toda a peça (nos mínimos detalhes), em cartaz no Teatro Alfa, aos sábados e domingos, 17h30.

Com inspiração na clássica obra de Júlio Verne, tem texto de Carla e Pedro Guilherme (mesma parceria de Histórias por Telefone) e criação de Carla e Cia Solas de Vento, formada por Bruno Rudolf e Ricardo Rodrigues, excelentes atores que coreografaram a peça também. Munida de conteúdo e das ferramentas estocadas nesses anos de estrada, Carla Candiotto criou um espetáculo divertido do começo ao fim.

Com um ritmo impressionante e boas tiradas de brincadeiras do universo infantil, a peça arranca boas risadas de crianças e adultos. Mais importante: seu conceito de encenação foi assimilado completamente pelos criativos da equipe (o mestre Wagner Freire na iluminação Olintho Malaquias no figurino, Exentrimusic na trilha sonora e Lu Bueno na cenografioa), que deram forma e unidade a todas as ideias de Carla Candiotto. Da cenografia ao figurino, toda a direção de arte é fruto do conceito concebido pela criatividade da diretora.

Ponto alto da montagem é o recurso de três câmeras de vídeo e projeção ao vivo, o que cria imagens inusitadas e traz uma dimensão fantástica aos episódios da historia. As imagens são transferidas do chão diretamente para a parede de fundo do teatro, dando a sensação de os atores estarem em um trem ou barco.

Para contar essa história, os atores partem de um lugar não definido e, ao longo do tempo, como tem necessidade de chegar em 80 dias, inventam e transformam seus transportes de um país ao outro para podere realizar essa aventura. Assim, manipulam sucatas de metal que ora viram vagão de trem ora se transformam em um barco ou até mesmo num elefante. Tudo para transportá-los para os diversos lugares dessa viagem.



(Maria Eduarda Toledo)

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Nem foram só Freud e Célia Forte que disseram


Que o mito de Édipo é muito anterior à tragédia de Sófocles (sec.V AC) todo mundo sabe. Quem conhece o Livro Tibetano dos Mortos, que se acredita antecede a Cristo por quatro mil anos, também o encontra lá, vindo de tradição oral. O complexo de Édipo está em todo lugar, até na maravilhosa peça “Ciranda”, de Célia Forte, recém-estreada no Teatro Eva Hertz de sexta a domingo.

O foco no caso é entre mãe e filha que competem entre si, como quase sempre ocorre entre progenitores e filhos do mesmo sexo. Quando filho ou filha tem afinidade maior com progenitores do mesmo sexo deles a rivalidade pode mudar a situação, como não é o caso da peça, e é bem mais raro.

Difícil não se identificar com a mãe (Tânia Bondezan), uma hippie, e não se lembrar de uma filha (Daniela Galli), mesmo que não seja tão perua quanto a personagem. Na segunda parte, elas se transformam em uma mãe mais normal, e numa filha mais hippie do que a falecida avó. As duas dão um verdadeiro show de interpretação o tempo todo, dirigidas com a competência de sempre de José Possi Neto.

Só esses acertos já seriam motivos para se apressar em assistir, mas há muitos mais. O cenário hippie traz paredes lotadas de fotos dos anos 60 e 70, os figurinos são sensacionais (às vezes dá vontade de comprar um traje igual e não é à toa), pois tudo isso leva a assinatura de Fábio Namatame.

A luz perfeita é do mais do que experiente Wagner Freire e o mesmo pode ser dito da trilha sonora, criada pela dupla Tunica e Aline Meyer. Não perca tempo que o teatro é muito pequeno para tanto talento. Não percam!!!!!!!

Por Maria Lúcia Candeias
Doutora em teatro pela USP
Livre Docente pela UNICAMP

domingo, 17 de julho de 2011

Extraído da Folha de S Paulo/ Cotidano

São Paulo, sábado, 16 de julho de 2011

ilustrada em cima da hora

Teatro Imprensa fecha para reduzir custos do Grupo SS

DE SÃO PAULO - O Teatro Imprensa fechará suas portas no dia 31 de julho. O local, na Bela Vista (região central de São Paulo), reúne a sala que leva seu nome e o Espaço Vitrine e também é conhecido como Centro Cultural Silvio Santos.


Cintia Abravanel, filha de Silvio Santos e responsável pelo espaço, e outros representantes do grupo preferiram não se pronunciar. Mas os funcionários foram comunicados sobre o fechamento há cerca de um mês.

"Foi uma choradeira danada, nosso 11 de Setembro", diz um dos oito técnicos do espaço, que rabalha no local há 12 anos e não quis se identificar. "Pediram que não disséssemos nada para não atrapalhar a imagem do grupo, mas ninguém está pensando na gente", diz o funcionário.



A Folha apurou que o espaço deve ser negociado e que já existem interessados. Segundo Fernanda Teixeira, assessora de imprensa do teatro, o espaço será fechado para diminuir os custos do Grupo Silvio Santos, que enfrenta dificuldades financeiras.

O espaço, porém, não é deficitário; em 2009, por exemplo, as atividades geraram R$ 2 milhões em mídia espontânea. (GABRIELA MELLÃO)

quinta-feira, 14 de julho de 2011

FIT Rio Preto 2011













Gente é pra brilhar (Caetano Veloso)

Ana Elisa Paz, Mario Jose Paz, Regina Braga, Edmundo Lippi, Beth Costa, Gabriel Villela, Marta Goes, Calígula, Cia Limite 151, Cats, Eduardo Tolentino, Glaucia Rodriguies, Os Fofos, Thiago Lacerda, Camila Val, José Renato, Casa\Cabul, Cintia Abravanel, Raquel Ripani, Saulo Vasconcelos, Maria Dressler, Brian Penido, Fernanda Capobianco, Um Porto para Elizabeth Bishop, Newton Moreno, Instituto Cultural Capobianco, Claudio Fontana, Cia Delas, Isser Korik, Enes Rezende,Vera Mancini, Ailton Graça, Lua Cambará, Cristina Cavalcanti, Blackbird, Ricardo Dantas, Edu Reys, Cia Le Plat du Jour (Andréa), Zé Henrique de Paula, Kiara Sasso, Sônia Kavantan, Carlos Moreno, FILTE, As Meninas, Gigi Magno, Yara Novaes, Florilégio, Centro Cultural Grupo Silvio Santos (Rose, Edu, Cris, Fabiana), Mira Haar, Ricardo Dantas, Helô Cintra, Alvise Camozzi, Antes de Partir, Grupo Gattu, Sergio Mastropasqua, A Firma (Claudia), José Maria Pereira, Célia Forte, Pinókio, Teatro Imprensa, Andreza Mazzei, Genézio de Barros, Roseli Tardelli, Mauricio Barreira, Boca de Ouro, Renata Alvim, Augusto Cesar, Pinóquio, Carla Candiotto, Candida, Teatro Ágora, Noel Rosa o Poeta da Vila e Seus Amores, André Garolli, Alexandra Golik, Eduardo Semerjian, Cibele Forjaz, Lea Dant, Lúcia Romano, Babel, Otávio Martins, Melissa Vettore, Ed Júlio, Vamos, Ivo Muller, Marici Salomão, Riba, Pati Amoroso, Sonho de um Homem Ridículo, Thais Medeiros, Cecília Brennand, Fernando Padilha, Mamma Mia!, Aria Social, Os Crespos, Celso Frateschi, Bia Seidl, Viradalata, Dani Rocha, Memória da Cana, Elisa Saintive, FIT Rio Preto 2011 (Edimeire, Marcelo, Mayla, Ingrid) Roberta Della Noce, As Eruditas, Fernando Fialho, Eloisa Vitz, Cabaret Luxúria, Kléber Montanheiro, O Anjo de Pedra, Marília Toledo, Miniteatro, Veridiana Toledo, 12 Homens e uma Setença, Rosana Maris, A Vida que eu Pedi, Adeus, Mesa 2 (Roberto Monteiro, Fernando Cardozo), Marcelo Galdino Erika Montanheiro, Brancaleone Produções (Edinho e Elza), Daniel Maia, Mozart Apaga a Luz, Virginia Rosa, Jorge Garcia, Um Porco Sentado, Marcha para Zenturo, Grupo 19, Tríptico, Roberto Alvim, Juliana Gaudino, A Brava, Tablado de Arruar.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Um Strindberg imperdível



Por Maria Lúcia Candeias
Doutora em teatro pela USP, Livre Docente pela Unicamp

August Strindberg (1849-1912) foi um dos dramaturgos mais polêmicos da história do teatro. Nascido na Suécia (um dos nossos exemplos de país onde não haveria corrupção), acabou por ser expulso de sua terra devido ao livro “As Pessoas de Hëmso” (arquipélago do qual sua terra faz parte) e na ocasião foi declarado impublicável. Migrou para a França onde fez grande sucesso como autor de “Srta Júlia” e de muitos outros textos (58 no total).

Acho que faria enorme sucesso por aqui uma adaptação para teatro feita por ele mesmo de seu romance censurado com o título “O Povo da Suécia”. Um de seus temas favoritos é o triângulo amoroso. Presente em boa parte de suas peças, inclusive em “Credores”, atualmente em cartaz às segundas e terças às 21hs no Teatro da FAAP, com o título “Cruel”, devido a poucas e discretas adaptações efetuadas por Elias Andreato - que também assina a ótima direção. Os atores (Reynaldo Gianecchini, Maria Manoela e Erik Marmo) estão dando total conta do recado, com destaque para Erik Marmo, que interpreta um personagem mais difícil: por ser frágil, tímido e susceptível - provavelmente autobiográfico

É um drama de ato único, gênero que foi dos primeiros, ou talvez o primeiro a adotar para ser montado no teatro que dirigia na época, o Teatro Íntimo. O cenário e os figurinos são excelentes, como costumam ser todos os que são assinados por Fábio Namatame. O mesmo pode ser dito da iluminação, de Wagner Freire.

Em síntese, “Cruel” é simplesmente imperdível. Não perca tempo, vá ver.

No mínimo, surpreendente. Não perca!

Fábio Assunção e Norival Rizzo

Por Maria Lúcia Candeias
Doutora em teatro pela USP, Livre Docente pela Unicamp

Quem já admira muito os trabalhos de Fábio Assunção e Norival Rizzo como atores vai ficar de queixo caído se e quando for assistir ao espetáculo “Adultérios”, de Woody Allen. O galã da Globo - que interpreta um morador de rua - abdica de seus olhos azuis com uma maquiagem que esconde muito de seu charme e consegue convencer a plateia de que é seu personagem. O mesmo pode ser dito de Norival. Seus personagens costumam aparentar ser extremamente inteligentes e cheios de malícia, mas não é o caso. Convence a plateia interpretando um comportado pobre de espírito, se quiserem um “panaca” ou na linguagem jovem um “nerd”.

Essa leitura não parece criação do autor, mas ótima ideia do diretor Alexandre Heinecke, pois ambos são publicitários, um bem-sucedido e outro sem emprego - e por isso morador de rua. É fantástico, pois ambos assumem papéis opostos aos quais nos acostumamos a identificá-los, e colocam em xeque a imagem que fazíamos dele. Não citei Carol Moriottini, que contracena com a dupla masculina, pois tem aparição rápida, mas ela está ótima, além de bonita como o papel exige.

Quem costuma se ligar no visual pode estranhar o cenário (André Cortez) a princípio (todo em tiras de madeira), mas funciona muito bem como cama, banco de jardim e fundo de cena. Os figurinos (Leopoldo Pacheco) são também de bom gosto e adequados, assim como iluminação (Eduardo Queiróz) e a música (Caetano Vilela).

Enfim, é um espetáculo que tem tudo para agradar e está em cartaz nas sextas às 21,30hs, nos sábados em duas sessões às 20 e 22hs e nos domingos às 19hs no Teatro Shopping Frei Caneca, sexto andar. Ninguém deve perder.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Os Paralamas do Sucesso

Tempos de poucas palavras,
música alimento para a alma

Fotos de Diana Freixo


sexta-feira, 8 de julho de 2011

O Climax de Marina Lima

Chata essa mania de falar mal da Marina
Gata aos 50, show pop bonzão

Direção de Isay Weinfeld e Mira Haar

foto de Diana Freixo
Sesc Vila Mariana
Julho de 2011


segunda-feira, 4 de julho de 2011

Valeu, Isser Korik e Claudio Fontana!


Depois da semana de trabalho e frio intensos, o embarque para o Rio na sexta começou com surpresinha: erramos o aeroporto. Só descobrimos na hora do check-in. Rápidos, voamos pelas ruas de São Paulo a bordo de um táxi comum, no primeiro dia de julho. Fomos de Congonhas para Guarulhos em 40 minutos.




Tivemos tempo até para o sanduíche depois de marcar o bilhete na Webjet. Respiramos aliviados. Correria tranqüila, se é que isso existe. Talvez a cabeça boa e uma companhia, com certeza, do mesmo naipe. Na casa da Flavia, a intimidade com os gatinhos e o conforto emocional com a família.

O fim de semana carioca foi de trabalho e lazer. Vimos O Violinista no Telhado, no Oi Casa Grande, na sexta. Grande musical, parceria da Conteúdo Produções com Aventura, José Mayer no papel central, atuando e cantando muito bem, ao lado de Soraya Ravenle e cerca de 30 talentosos atores e bailarinos. Valeram muito os convites, Isser Korik. Espero que a gente trabalhe junto quando o espetáculo vier a São Paulo. Um musical e tanto!




Na noite de sábado foi a vez do diretor Gabriel Villela, com A Crônica da Casa Assassinada, na Maison du France. Adaptação de Dib Carneiro Neto, com Xuxa Lopes, Flávio Tolezan, Cacá Toledo, Pedro Henrique Moutinho, Maria do Carmo e grande elenco. No melhor estilo Gabriel Villela, onde cada detalhe faz toda a diferença - seja no belíssimo cenário, nos figurinos igualmente bem-cuidados ou na iluminação e no trabalho fabuloso de todo o elenco. Claudio Fontana, obrigada pelas cortesias! A montagem deve vir logo a São Paulo. Você que me lê, não perca!




Entre uma e outra peça, deu tempo de andar e correr no calçadão, almoçar e jantar fora, tomar sorvete e jogar conversa fora com pessoas mais que queridas. O fim de semana carioca lavou a alma. Na volta, sem erro direto para o Santos Dumont. Metereological delay era o que anunciava o painel dos vôos, todos atrasados por conta do grande nevoeiro que fez o aeroporto ficar horas fechado.




Para nós, não teve stress. Com dois felizes sortudos, logo rolou um sofá onde jogamos as duas mochilas e recostamos entre o cafezinho, o jornal e o twitter. De vez em quando, um pulo à livraria para passar o tempo. Depois de duas horas e meia, embarcamos. Antes de pegar no sono durante a curta viagem, ainda demos boas risadas ao lembrar das várias situações engraçadas e gostosas vividas no pequeno espaço de tempo de dois dias.




Água de coco, chope e besteira à milanesa

Da água de coco no quiosque do Posto 9 às bandeirolas do pedaço de praia em frente à rua Farme de Amoedo, o sol apareceu devagarinho, varendo o cinza do céu. Caminhada, corrida e o charmoso almoço no Astor, em frente ao Arpoador. Dois garotinhos escuros para mim e para a prima Isolda. De aperitivo, pastel de sabores variados e Besteira à Milanesa. Depois, mandamos ver no Picadinho. Para arrematar, sorvete de choclate com amêndoas (na casquinha) no Felice. Uma lambança só!











Encontros na cidade solar

No calçadão de Ipanema ou na pedra do Arpoador. Matando as saudades do meu irmão Roberto, mostrando a vista para o Doug. Alegria inocente da pequena mudança no cotidiano. Respirando mormaço e maresia, só de short e camiseta em pleno inverno carioca. Dia nublado e gostoso.









Doug e os gatinhos da Flávia

Maria e Patrick, os dois gatos da população flutuante da casa da minha prima, logo pegaram intimidade com Douglas. Empatia de cara. Nem bem chegamos à casa da Flávia, começou a brincadeira. E foi assim até a hora de ir embora. Vamos acompanhar.