Por Mária Lúcia Candeias
Doutora em teatro pela USP
Livre Docente pela UNICAMP
Uma boa sugestão é a nova peça do Mario Viana. Não sei se um jovem atual vai concordar com essa classificação e os jovens costumam ser o público que Viana mais atinge com grande sucesso. No caso de “Vamos?”, se trata de várias tentativas de estabelecer um “ménage a trois ou a quatre”.
Mesmo os mais velhos certamente vão se surpreender com a competência que o ótimo ator Otávio Martins exibe como diretor, sendo seu primeiro ou um de seus primeiros trabalhos nesta área. De cara, a cenografia de Marcia Moon consegue se adequar a todos os ambientes e tornar íntimo o palco do teatro imprensa.
Os figurinos de Elena Toscano são simples como a peça pede e de extremo bom gosto. A luz de Wagner Freire, como sempre, tempera tudo com brilho. Além do visual irretocável, a direção de atores é ótima e eles executam suas personagens com perfeição: Alex Gruli, Tânia Khalill, Rachel Ripani e Dalton Vigh dão conta do recado. Muita gente ri muito.
Provocar riso fácil também é o que acontece em “A Peça é Comédia?” Escrito pelo jornalista Gilberto Amêndola, o texto trata da morte e de sua existência? Será real mesmo? com grande humor notável, digno de um jovem que não a leva a sério, bem, quem sabe. Bem dirigida por Orias Elias, tudo dá a sensação de um ensaio que não chega a virar espetáculo pronto.
A platéia rola de rir do besteirol interpretado com eficiência pelo próprio diretor que contracena com Cláudio Bovo e Walter Lins e está em cartaz na sala Experimental do Teatro Augusta. São duas boas oportunidades de diversão, muito diferentes entre si, exceto na competência de fazer rir.
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