Pneus rasgados, restos de um fogão gigante e o porta-malas de um carro abandonado. Ferro velho e quinquilharias no beco dos bichamos. Garrafas de leite espalhadas pela mesa. Caixas de Whiskas abertas. Prato cheio para felinos de todas as raças. Línguas de gato de chocolate Kopenhagen servidas em potes de ração. Para humanos lamberem os beiços. Dois olhos amarelos reluzentes sobre um fundo negro iluminado Abaixo, quatro letrinhas – C A T S.
O foyer suntuoso do Teatro Abril, na avenida Brigadeiro Luiz Antonio, recebeu bem mais de uma centena de pessoas, sendo 92 jornalistas – entre repórteres, cinegrafistas e repórteres fotográficos – na manhã e tarde da última quarta-feira, 24 de fevereiro. A entrevista coletiva do musical de Andrew Lloyd Webber movimentou muita gente – de recepcionista e seguranças a garçons, técnicos, produtores, patrocinadores, diretores e assessores. Logo cedo, banners eram pendurados na fachada e no interior do teatro, enquanto press kits e crachás preparados, assim como as comidinhas e bebidinhas.
Para alívio do batalhão de fotógrafos e cinegrafistas, a passagem de três cenas atrasou pouco. E foi perfeita. Depois, a cantora Paula Lima e os atores Saulo Vasconcelos e Sara Sarres sentaram-se ao lado dos diretores americanos Richard e Stan, da coreógrafa inglesa Marina, do presidente da Time for Fun Fernando Altério, da produtora geral Almali, do maestro Miguel Briamonte, do diretor residente Floriano e do compositor Toquinho.
Durante uma hora, responderam perguntas, encaminhadas ao microfone pelas ágeis e competentes jornalistas da Arteplural Adriana Balsanelli e Lígia Azevedo, cada uma de um lado do salão lotado pela massa de entrevistadores. Ambas se encarregaram de manter o ritmo equilibrado do evento. Coletiva terminada, algumas emissoras aproveitaram para fazer individuais com os artistas. Dentro do teatro, a Globonews preparava link com o Estúdio I, de Maria Beltrão. No fim da maratona, deu até para sentar e comer um pratinho de salada com quiche, mousse de chocolate com geléia de sobremesa. E o gosto doce porque tudo deu certo. A energia e o profissionalismo de todos conspiraram a favor. Ufa!
(Fernanda Teixeira)
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