domingo, 21 de fevereiro de 2010

De tudo um pouco


Dezembro e janeiro passaram acelerados na velocidade dos jogos de inverno do Canadá. Contabilizamos dia após dia as tragédias das enchentes e quando vimos já era fevereiro. O aniversário dos 50 (como tudo aconteceu tarde na minha vida - a primeira transa, o primeiro namorado, a saída de casa - me sinto aos 40) foi uma farra, comemorado na esquina de casa, no Prestíssimo.

Amigos, amigos e amigos de todas as tribos - like always, porque gosto de misturar gente, gente querida e cheia de charme, animada, que freqüenta minha vida há um tempo. Gente que veio de fora, gente que nem pôde vir mas circula com liberdade pelo meu mundo. Amigos, poderosos estimulantes – a voz grave de Klebi cantando rock. O meu amor? Um vício, não uma droga pesada, viu Maria Rita Kehl? Aerado, com sabor de chocolate, Coca-Cola e pipoca no cinema.

De Ipanema para o Jardim Paulista, passei meu mês predileto em casa, o melhor lugar do mundo agora. Sair, só para trabalhar. De preferência, a pé, quando dá. Porque sempre tem de emendar uma reunião fora, um ensaio em algum teatro, estreia ou jantar. Quero fazer a vida perto de onde moro, conhecer o bairro, a vizinhança, os diferentes cachorros da rua. Ouvir o latido da daschund Lili, que vem da janela do 6. andar do prédio da frente, o assobio da Rosana e da Priscila.

O Carnaval chegou junto com o convite inesperado para o camarote no Sambódromo. Noite quente, especial, inesquecível. A luz colorida emanando das fantasias e do brilho dos olhos da Sandra, da Kátia, Vivi. O trabaho dos fotógrafos Marcos Ribas e Luizinho Coruja. O samba no pé do ator Cássio Scapin. A animação da atriz Ana Petta, que viajaria ao Rio no dia seguinte para assistir ao desfile das escolas cariocas. O parceiros de trabalho Almali e Mari, da t4f, levaram para a avenida os estrangeiros que estão ensaiando o musical Cats, no Teatro Abril. O ritmo da bateria entra pelos poros e ecoa forte se confundindo com a batida do coração. E a gente sai correndo atrás delas. Uma de cada escola. Na avenida, a torcida pela Mocidade (na TV, pela Unidos da Tijuca, do Rio). Perigo de se acostumar. Quem não gosta de coisa boa? No domingo, dia de ressaca boa.

***
A felicidade é como a voz de Fernanda Porto ou Natalie Cole. A tranqüilidade é azul, introspectiva, silenciosa.

***
Aventuras noturnas por caminhos desconhecidos
Pesadelos
Medo
Acordar na realidade
Alívio do sonho sobressaltado.

(Fernanda Teixeira)

Um comentário:

sandra disse...

Quanta inspiração. ADOREI!!!