Penso que a humanidade não aprende com as experiências do passado. A história se repete. Os crimes de guerra continuam acontecendo, seja de qual lado estiverem os homens. Do holocausto da era Hitler ao racismo contido nessa batalha entre judeus e palestinos. Ouço no rádio que a guerra na Faixa de Gaza mata um israelense para cada 100 palestinos. O massacre assusta o mundo todo. Os jornalistas correspondentes que cobrem o conflito de perto, perplexos, não conseguem esconder seu pavor e passam esse sentimento para todos nós. Entram no ar sem ar. Às vezes, precisam recuperar o fôlego. Vi, outro dia, o repórter Alberto Gaspar, da Globo, falar ao vivo enquanto corria para uma abrigo antiaéreo. Do estúdio, o âncora, no intuito de aclamá-lo, pedia que ele respirasse fundo antes de passar seu boletim. A avassaladora limpeza étnica, proposta pelo ditador alemão (que achava que apenas os arianos puros mereciam viver) assume outras formas?
Na segunda semana de bombardeios contra a Faixa de Gaza, leio na Folha Online que o número de mortos entre os palestinos chegou a 630, enquanto os feridos chegam a 3 mil, segundo fontes hospitalares. Há centenas de civis entre os mortos - crianças, estudantes, mulheres, refugiados - testemunhas de um inferno cheio de atrocidades - que nós nem chegamos perto de imaginar existir. De acordo com outras fontes da mesma matéria, "trata-se de um ataque sem precedentes por parte de uma das potências militares mais sofisticadas em uma das zonas urbanas de maior densidade demográfica do mundo". Para a Cruz Vermelha e a ONU, as maiores organizações de ajuda nessas situações, o acesso às vítimas do conflito é o grande desafio humanitário no local da guerra, onde o sofrimento da população é insustentável. Terrível. Impossível não se abalar com os fatos.
O mundo precisa perder a paciência e decidir finalmente pelo fim imediato da guerra. Enquanto as autoridades árabes e as israelenses tentam ser convencidas e não se entendem, é sabido que nenhum consenso sai sem o apoio dos Estados Unidos. Mais uma vez Bush, mesmo já com o rabo entre as pernas, alega que quer garantias de um acordo. Falta pouco para o País que elegeu Barack Obama (negro, filho de muçulmano e de sobrenome Hussein) seu novo presidente perder esse controle mundial. Graças a Deus.
Enquanto isso, deve ter muito árabe com cabeça mais aberta querendo que o filho aprenda a língua do povo de Israel, assim como do outro lado os que desejam que seus descendentes também saibam mais da cultura árabe. E assim termos todos um pouco mais de paz e esperança num ano novo ano mais justo e feliz para cada um de nós.
(Fernanda Teixeira)
Na segunda semana de bombardeios contra a Faixa de Gaza, leio na Folha Online que o número de mortos entre os palestinos chegou a 630, enquanto os feridos chegam a 3 mil, segundo fontes hospitalares. Há centenas de civis entre os mortos - crianças, estudantes, mulheres, refugiados - testemunhas de um inferno cheio de atrocidades - que nós nem chegamos perto de imaginar existir. De acordo com outras fontes da mesma matéria, "trata-se de um ataque sem precedentes por parte de uma das potências militares mais sofisticadas em uma das zonas urbanas de maior densidade demográfica do mundo". Para a Cruz Vermelha e a ONU, as maiores organizações de ajuda nessas situações, o acesso às vítimas do conflito é o grande desafio humanitário no local da guerra, onde o sofrimento da população é insustentável. Terrível. Impossível não se abalar com os fatos.
O mundo precisa perder a paciência e decidir finalmente pelo fim imediato da guerra. Enquanto as autoridades árabes e as israelenses tentam ser convencidas e não se entendem, é sabido que nenhum consenso sai sem o apoio dos Estados Unidos. Mais uma vez Bush, mesmo já com o rabo entre as pernas, alega que quer garantias de um acordo. Falta pouco para o País que elegeu Barack Obama (negro, filho de muçulmano e de sobrenome Hussein) seu novo presidente perder esse controle mundial. Graças a Deus.
Enquanto isso, deve ter muito árabe com cabeça mais aberta querendo que o filho aprenda a língua do povo de Israel, assim como do outro lado os que desejam que seus descendentes também saibam mais da cultura árabe. E assim termos todos um pouco mais de paz e esperança num ano novo ano mais justo e feliz para cada um de nós.
(Fernanda Teixeira)
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Célia Forte pega carona
Não quero comentar sobre o comentado, pois algozes sempre existirão, mas quanto mais civis comentarem assim, assim mesmo do jeitinho que você fez, sobre assuntos "deles lá", acredito que guerras serão coisas do passado. Eu estava com um nó na garganta que definitivamente desatou ao ler você. Sabe por quê? Porque posso, agora, ao menos desabafar: vamos nos indignar com quem mata por motivos vis, ou seja, por todo e qualquer motivo. Como assim? Vai lá e simplesmente mata? Devo ficar mais indignada com a morte nas esquinas por causa do crack, do tênis, celular, do que com a morte oficializada na Faixa de Gaza, no Iraque, no Golfo (lembram do Golfo?), no Vietnã (lembram do Vietnã?)? É, oficializada, pois se homens engravatados do mundo inteiro veem o que está acontecendo e simplesmente, DIPLOMATICAMENTE, demoram quinze dias para pensar no que fazer? Por favor, alguém explique essa história pra mim. Não quero os analistas. Quero os sensatos. Quem pode parar esse tipo de guerra? Um tsunami? Uma tempestade? Ou simplesmente um menino na Praça da Paz? Sei lá, não sei. Bem, Fernanda, obrigada Pela Paz. Eu, com fé, vou ficar por aqui torcendo para que 2009 seja um reflexivo caminho para que os homens e mulheres com ética e boa vontade cheguem melhores em 2010. Dá muito menos trabalho ser bom, se não for por índole, que seja, no mínimo, por inteligência.
10 comentários:
como disse ....
Que todos os sinos de todas as igrejas,
flautas, trompetes, búzios e clarins,
as buzinas de todos os carros,
caminhões, bicicletas,
o canto de todos os pássaros,
os relógios, bips, despertadores, celulares,
os alarmes de todos os carros,
os apitos dos navios, trens, guardas de trânsito,
os alto-falantes dos aeroportos,
o canto de Iemanjá,
todos os tambores e pandeiros,
o riso de todas as crianças,
o guizo de todas as dançarinas indianas,
que todos toquem ao mesmo tempo!!!
bjs carinhosos.. ale
Obrigada pela visita e participação preciosa, Alê, querido!
Fe, Obrigada por suas palavras... um sopro de paz e esperança invade...
Bj The
Fernanda, arraso, Teixeira. Escreva sempre, por favor. Beijos e beijos e beijos, sempre, Forte
simplesmente você é forte e sensata nas suas opiniões. Infelizmente o mundo ainda não acordou, esta "sindrome de Branca de Neve que come a maçã" não vai se desfazer nunca, pois não terá o sopro de esperança (beijo do principe) batendo como brisa na consciencia humana.
Renata Odilon
Fernanda, querida, adorei o blog do Dudu! Li as primeiras reflexões, incluindo a de Célia, e gostei de sentir sua faceta mais profunda. Parabéns!
Querida Fernanda.
Feliz Ano Novo. Felicíssimo. Novíssimo.
Dê meus parabéns ao Dudú. Sómente um bom caráter como ele, de alma maravilhosa, poderia colocar um blog desse no ar.
No mais, mais uma guerra como essa, que nos faz duvidar dessa raça humana, e nos faz confiar, cada vez mais, em outras raças como a do Dudu.
Abraço forte.
Sensatez e revolta necessária nas suas palavras e nas da Célia. E Darphur? Meu Deus, até quando vamos ver essas atrocidades de braços cruzados? Até quando vamos permitir que desviem os alimentos e víveres que o mundo manda para esse povo? Até quando vamos aceitar que as crianças do Oriente Médio já cresçam com ódio dentro de sí? Como diz a Célia, nem que apenas por inteligência o mundo precisa fazer algo, senão aquilo tudo vai explodir!
Laura, uma honra você frequentar o blog do dudu. As histórias de seu blog são saborosíssimas. bejo grande!
Oi, Fê!!!
Que surpresa SABER que vc tem um blog SÓ AGORA! Vc nunca me disse :(
e foi por ele que também entrei no site da Arte Plural (que não conhecia) muito bem feitinho!
É... Essa nova, velha guerra a esta altura da história da humanidade é mesmo um atraso. Se não podemos literalmente fazer nada pra impedir esses doidos vamos tentar fazer claro nosso protesto, literariamente.
Beijos. Tô com saudades.
Me Liga, pô
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