domingo, 4 de abril de 2010

Tapiocas e justiça

No prédio onde moro, a maioria dos condôminos é advogado. Tem tributarista, criminalista, jurista, procurador, juiz. Um deles, inclusive, foi entrevistado no hall do edifício por um repórter da Globonews, sobre o assunto dominante daquela semana: o caso Isabella Nardoni. No domingo seguinte, conversando com minha vizinha, a respeito do mesmo tema, soube, por exemplo, que Alexandre Nardoni nunca trabalhou e se drogava direto, além do fato de seu pai ser um advogado de "porta de cadeia", nas palavras dela, que assegurou ser verídica a história de Alexandre ter ligado para a irmã, depois do crime, dizendo ter "feito uma burrada". A irmã namora um amigo da minha vizinha.

Confesso ter sentido alívio ao ouvir dessa moradora que ela também torceu pela condenação, tendo ficado acordada, como eu, até o anúncio da sentença pelo juiz, de madrugada. Como ele, também não condeno as pessoas que fizeram vigília na porta do Fórum onde aconteceu o julgamento. Mais que curiosos, acredito que muitos ali também tenham perdido entes queridos, se identificado com o caso e tenham ido buscar alento. Alguns teóricos disseram ser apenas sede de vingança. Discordo. O povo precisa comemorar a justiça, Mais, acreditar nela. Chega de assunto empoeirado.

Depois da feira aqui pertinho de casa, na sexta da Paixão, fizemos tapioca em casa. A nossa chef Rosa, legítima alagoana, tomou conta do fogão e mandou bem na tapioca de queijo, depois queijo com geléia de framboesa, delícia. Bebemos muito vinho e dormimos nas nuvens.
Pensamento positivo para Renatinha Pinheiro. Um anjo contou: tudo vai dar certo com seu brother.
(Fernanda Teixeira)

Nenhum comentário: