Por Douglas Picchetti, novo integrante da Arteplural
Um cão no local de trabalho ameniza e descontrai o ambiente, aliviando o stress e a correria. Independente de você estar atolado de trabalho, ele estará lá, abanando o rabo e pronto para brincar e receber carinho a qualquer momento. Estou trabalhando em uma empresa que tem um mascote. Chama Dudu, é um cão basset.
É, consegui um emprego. Confesso que foi tudo diferente do que eu relatei no post do Desabafo de um Desempregado.
Meu sonho sempre foi ter um cão. Já deixei meus pais em situações desagradáveis de tanto me dizerem não. Minha mãe tem remorso até hoje, mas aqui em casa ninguém gosta de animais. E de fato, uma criança de 6 anos não vai limpar o cocô, tampouco dar comida ou levar ao veterinário. Elas prometem, mas é mentira. Eu prometia, era mentira.
Encontrei, portanto, algumas alternativas para substituir meu apreço por cães. Já que o filo canino é proibido, comecei a optar pelos peixes. Ao todo foram 3 peixes-betas, todos morreram. Um porque não tomava sol, outro porque ficou velho e outro, quando eu cheguei em casa, estava despedaçado no aquário. Não sei o motivo até hoje. Na verdade eu não lembro o nome deles, se é que eles tinham. Os peixes não conseguem demonstrar nenhuma forma de carinho pelas pessoas, e eu, no caso, também não demonstrei por eles.
Depois foi a vez das tartarugas de aquário. Eram duas, muito queridas, Clotilde e Geraldo. Com elas, o meu envolvimento foi maior. Dá pra pegar na mão, brincar, colocar pra andar no sofá. Eu sempre enfiava o dedo na ração e dava pra elas morderem. Limpar o aquário não era um prazer: elas fediam muito. Em dado momento, Clô e Gê estavam grandes demais para a casinha delas e resolvemos, então, despachá-las de volta para o pet shop.
Entrei numa fase roedora. Adquiri o Billie Pizza, meu primeiro rato (É, tem mais). Rato. Não era hamster, porquinho da índia ou ferret. Era um rato branco, com olhos vermelhos que eu peguei da faculdade de psicologia da minha prima. Ao todo, Billie tinha 30 centímetros. Ele era dócil, ficava feliz todas as vezes que alguém chegava. Foi o que mais se aproximou de um cão. Só não abanava o rabo gelado de 15 cm.
O problema é que viver com Billie era muito trabalhoso. Muito grande, não podia circular pela casa porque minha mãe é neurótica. Então, ele era fadado a viver dentro de uma gaiola envolto a serragens e suas necessidades fisiológicas. Foi quando recebi uma proposta da minha diarista, que levaria Billie para viver com ela em uma caixa d'água vazia. Topei: lá com certeza ele foi mais feliz.
Depois de despachar Billie, ataquei os topolinos. Conheci em um pet-shop. O animal era minúsculo, cabia na palma da mão e não chegava ao tamanho da boca do Billie. Porém, muito arisco. Não gostava de carinho e quando alguém o pegava na mão, mordia. Fugia da gaiola, se escondia em baixo da secadora de roupas. Solineuza, uma menina, durou 2 anos e meio. Faleceu em uma tarde fria, de um final de semana, enquanto eu jogava baralho com meus primos.
Em meio a tristeza, fizemos velório, enterro e tudo acabou sendo uma grande diversão.
Até hoje eu não tive um cachorro. Na verdade, eu não daria conta de cuidar de um. Quando eu tiver minha independência financeira para pagar uma pet-babá, eu providencio. Por enquanto, fico com o Dudu.
Pelo menos pet-shop, vacina, limpeza, banho, ração, (...) não é comigo.
É, consegui um emprego. Confesso que foi tudo diferente do que eu relatei no post do Desabafo de um Desempregado.
Meu sonho sempre foi ter um cão. Já deixei meus pais em situações desagradáveis de tanto me dizerem não. Minha mãe tem remorso até hoje, mas aqui em casa ninguém gosta de animais. E de fato, uma criança de 6 anos não vai limpar o cocô, tampouco dar comida ou levar ao veterinário. Elas prometem, mas é mentira. Eu prometia, era mentira.
Encontrei, portanto, algumas alternativas para substituir meu apreço por cães. Já que o filo canino é proibido, comecei a optar pelos peixes. Ao todo foram 3 peixes-betas, todos morreram. Um porque não tomava sol, outro porque ficou velho e outro, quando eu cheguei em casa, estava despedaçado no aquário. Não sei o motivo até hoje. Na verdade eu não lembro o nome deles, se é que eles tinham. Os peixes não conseguem demonstrar nenhuma forma de carinho pelas pessoas, e eu, no caso, também não demonstrei por eles.
Depois foi a vez das tartarugas de aquário. Eram duas, muito queridas, Clotilde e Geraldo. Com elas, o meu envolvimento foi maior. Dá pra pegar na mão, brincar, colocar pra andar no sofá. Eu sempre enfiava o dedo na ração e dava pra elas morderem. Limpar o aquário não era um prazer: elas fediam muito. Em dado momento, Clô e Gê estavam grandes demais para a casinha delas e resolvemos, então, despachá-las de volta para o pet shop.
Entrei numa fase roedora. Adquiri o Billie Pizza, meu primeiro rato (É, tem mais). Rato. Não era hamster, porquinho da índia ou ferret. Era um rato branco, com olhos vermelhos que eu peguei da faculdade de psicologia da minha prima. Ao todo, Billie tinha 30 centímetros. Ele era dócil, ficava feliz todas as vezes que alguém chegava. Foi o que mais se aproximou de um cão. Só não abanava o rabo gelado de 15 cm.
O problema é que viver com Billie era muito trabalhoso. Muito grande, não podia circular pela casa porque minha mãe é neurótica. Então, ele era fadado a viver dentro de uma gaiola envolto a serragens e suas necessidades fisiológicas. Foi quando recebi uma proposta da minha diarista, que levaria Billie para viver com ela em uma caixa d'água vazia. Topei: lá com certeza ele foi mais feliz.
Depois de despachar Billie, ataquei os topolinos. Conheci em um pet-shop. O animal era minúsculo, cabia na palma da mão e não chegava ao tamanho da boca do Billie. Porém, muito arisco. Não gostava de carinho e quando alguém o pegava na mão, mordia. Fugia da gaiola, se escondia em baixo da secadora de roupas. Solineuza, uma menina, durou 2 anos e meio. Faleceu em uma tarde fria, de um final de semana, enquanto eu jogava baralho com meus primos.
Em meio a tristeza, fizemos velório, enterro e tudo acabou sendo uma grande diversão.
Até hoje eu não tive um cachorro. Na verdade, eu não daria conta de cuidar de um. Quando eu tiver minha independência financeira para pagar uma pet-babá, eu providencio. Por enquanto, fico com o Dudu.
Pelo menos pet-shop, vacina, limpeza, banho, ração, (...) não é comigo.
4 comentários:
Querido, simplesmente não sou empática com os animais. Mas admiro o quanto vc gosta deles, e lembro da tia Clarice que assinava aquela revista de cães para você quando éramos mais novos! hahahaha
Se você foi aceito pelo Dudu então passou no teste da Arteplural....rs
Oi Laura, obrigada pela visita, querida. Saudades! É isso aí, Douglas também é um cachorreiro, requisito primeiro para entrar no time. E o moço escreve bem! Sorte a minha. Beijo pros dois!
Fantástico o seu relato. Me identifico muito com a sua situação. Mas, diferentemente de você, eu tive um cachorro quando criança. Agora adulto, ficou complicado...
E concordando com a Fê, você escreve bem pra cachorro! Desculpe o trocadilho infame :o))
Postar um comentário