Com o coração na mão, deixei o Dudu, que dá nome a este blog, para fazer uma cirurgia. À medida que fomos chegando perto da clínica, na Vila Madalena, meu pequeno daschund arlequim, tipo malhado de cinza e preto, olfato apuradíssimo, foi ficando estressado, latindo muito. Inteligente - como nós quando sentimos cheiro de hospital, de dentista -, ele sabia que estávamos chegando na veterinária.
Quando fui embora, lançou na minha direção aquele olhar de coitado, lânguido, melancólico, triste, a cara de cachorro abandonado que só ele sabe fazer. Nem olhei para trás. Quando a respiração desacelerou, desatei o nó na garganta e os olhos marejados foram focando novamente. Dirigi direto para o hospital. No caminho, pensamentos ao vento, fiz o trajeto mecanicamente. Da janela do 12. andar do quarto no Sírio Libanês, onde minha mãe esteve internada desde quinta-feira, dia 5, à noite, para fazer exames (agora ela está bem), vejo São Paulo por cima. O heliponto do edifício Fecomércio, a avenida 9 de julho, a torre do Banespa, o céu com cobertura de nuvens cinzentas.
Contemplativa mirando essa paisagem, de repente acordo para a vida com o toque do celular. Era dra. Lu, ligando para informar ter sido bem-sucedida a operação do Dudu. Todos comemoraram no quarto do hospital, eu me apressei para avisar a Sandra (que iria buscá-lo) e as meninas da Arteplural, grandes companheiras de dia-a-dia do nosso mascote. Outros telefonemas, como da Gigi Magno e da Lu Cassas, também procuravam notícias desse ser canino tão querido e mimado.
Com ele e minha mãe já em casa, a rotina vai sendo retomada. Com um colar elizabetano que mais parece uma cúpula de abajur enfiada no pescoço, tirando-lhe a visão lateral, no começo Dudu parecia perdido, sem ação. Tive ímpeto de colocá-lo na minha cama para dormir junto do meu bichinho, como fazia antes de namorar, há 5 anos. Nem foi preciso. O cara se aninhou em sua caminha, bem ao lado da minha. Ficou me espiando, como que tomando conta de mim, ou espionando para eu não fugir do alcance de sua visão. E eu dormi tranqüila, provavelmente antes do meu sombra. O desenho abaixo é de Rosana Rodrigues e vai virar uma tatuagem.
Quando fui embora, lançou na minha direção aquele olhar de coitado, lânguido, melancólico, triste, a cara de cachorro abandonado que só ele sabe fazer. Nem olhei para trás. Quando a respiração desacelerou, desatei o nó na garganta e os olhos marejados foram focando novamente. Dirigi direto para o hospital. No caminho, pensamentos ao vento, fiz o trajeto mecanicamente. Da janela do 12. andar do quarto no Sírio Libanês, onde minha mãe esteve internada desde quinta-feira, dia 5, à noite, para fazer exames (agora ela está bem), vejo São Paulo por cima. O heliponto do edifício Fecomércio, a avenida 9 de julho, a torre do Banespa, o céu com cobertura de nuvens cinzentas.
Contemplativa mirando essa paisagem, de repente acordo para a vida com o toque do celular. Era dra. Lu, ligando para informar ter sido bem-sucedida a operação do Dudu. Todos comemoraram no quarto do hospital, eu me apressei para avisar a Sandra (que iria buscá-lo) e as meninas da Arteplural, grandes companheiras de dia-a-dia do nosso mascote. Outros telefonemas, como da Gigi Magno e da Lu Cassas, também procuravam notícias desse ser canino tão querido e mimado.
Com ele e minha mãe já em casa, a rotina vai sendo retomada. Com um colar elizabetano que mais parece uma cúpula de abajur enfiada no pescoço, tirando-lhe a visão lateral, no começo Dudu parecia perdido, sem ação. Tive ímpeto de colocá-lo na minha cama para dormir junto do meu bichinho, como fazia antes de namorar, há 5 anos. Nem foi preciso. O cara se aninhou em sua caminha, bem ao lado da minha. Ficou me espiando, como que tomando conta de mim, ou espionando para eu não fugir do alcance de sua visão. E eu dormi tranqüila, provavelmente antes do meu sombra. O desenho abaixo é de Rosana Rodrigues e vai virar uma tatuagem.
(Fernanda Teixeira)
10 comentários:
Ufa, que bom que a nuvenzinha se mandou prá outras paragens, e tudo começa a se acalmar a sua volta. Mande um beijo prá Nair (a poderosa), e dê um afago nesse cão fofo que-pensa-ser-gente por mim. E parabéns a você, Fernandinha, pelo texto tão emocional e gostoso de ler.
Oi Nani, pra comemorar a passagem do trovão hoje estou usando a camiseta rosa que vc me deu. É linda!!! beijos e obrigada sempre, querida!
Saude, paz, amor e principalmente ter Deus no coração.
Que Deus abençoe você sua familia: mãe, irmãos, sobrinhos, cachorros...
beijos e nosso abraço,
Renata Odilon
Oi Fê,
Nem tava sabendo dessas notícias, mas ainda bem que tudo se resolveu. Mande muitos beijos para a D. Nair e umas coçadas na barriga do Dudu. Beijos e saudades.
Fê, que notícias boas!!!! Um cheiro pro Dudu, que eu adoro mesmo sem ter sido oficialmente apresentada...rs... um beijão pra sua mama e outro procê, cheio de carinho. Erika Riedel
Fê, de novo: POR QUÊ NUM ME CHAMOU???
Mas ainda bem q td teve um final feliz!!
Dá um bjão na Nair e uma festinha do "Duduzinho.."
O melhor de td é poder ler vc...
bj,
Clê
Érika, assim que vc possa venha conhecer o dudu. Ele vai te adorar.
Fred, obrigada pela visita e pelas palavras!
Cleidoca, amigona, o Revest Vinil é o melhor piso do mercado! Estamos adorando. beijosssssss pros três
Ô amiga, chorei ao ler seu depoimento, realmente dois seres tão especiais "debilitados". Realmente deve ter dado uma imensa tristeza, olha que falo isso de carteirinha e você sabe bem o motivo. Graças a Deus nem tudo que está ruim perdura por muito tempo. E você tem toda razão, as tempestades vem e vão e a vida volta a sua rotina. Estou buscando a minha rotina de volta, ainda meio atordoada no meio da tempestade, com fé sei que isso não durará muito tempo.Um beijão enorme e obrigada por tudo!!
Amo você de paixão, Fernandinha, apesar de quase não termos convivido.bjs. Tê.
Oi Fe e meninas!!! Que bom que está tudo bem com ambos.
Vcs lembram do meu cachorrinho, o Asterix? Há um mês mais ou menos, também passou por uma cirurgia, e não resistiu à anestesia..
Assim que acessei o blog, me deparei com esse post e fiquei com o caração na mão. Me aliviei após encerrar a leitura.
Saudades de todos!!!
Beijinhos especiais para o recém-operado!
Mayara
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