quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Roteiro pelo Rio antigo

Em viagens, o prazer indescritível de conhecer lugares interessantes assemelha-se à sensação de um banho revigorante. Na companhia de amigos locais, à aventura é somada uma dose extra de contentamento. Assim, sob um calor escaldante, partimos em direção ao nosso destino, o Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro, sem saber quantas agradáveis surpresas o passeio nos reservaria. No caminho, a voltinha de carro pela romântica Urca trouxe à memória as lembranças de criança, quando o Cassino da Urca já tinha dado espaço à hoje extinta TV Tupi.

Carro no estacionamento, seguimos a pé pelo Centro do Rio, passando pela Santa Casa, onde Ivo Pitanguy opera de graça e por belas construções, entre elas o Museu de Belas Artes e o edifico Palácio Gustavo Capanema, antiga sede do Ministério da Educação e Saúde, monumento tombado pelo patrimônio histórico, projetado por Oscar Niemeyer e Lúcio Costa, construído em 1937, sob os princípios estabelecidos por Le Corbisier. Me emocionei pensando nas histórias que minha mãe conta até hoje do tempo em que trabalhava lá.

Para sentir um pouco mais o clima nostálgico do Rio antigo, fizemos um pit-stop na Confeitaria Colombo. Tudo é tão lindo que a gente nem sabe para que lado olhar. A vontade era sentar ali e ficar vendo o dia passar, esquecendo da vida. Combinado o almoço no árabe, partimos para um passeio pelo Saara (Sociedade de Amigos das Adjacências da Rua da Alfândega, sigla que identifica associação fundada pelos comerciantes do mais tradicional setor comercial do Centro do Rio). Único lugar da cidade caracterizado como um reduto étnico, foi povoado durante o último século pelos imigrantes, principalmente árabes e judeus, que ali convivem em paz. O lugar é o paraíso do comércio popular de mercadoria barata e deve fazer a festa das produtoras de shows, teatro e até dos desfiles de escolas de samba.

Compreendido por uma dezena de ruas, entre elas a Buenos Aires, a Senhor dos Passos e a Alfândega, é uma atração curiosíssima. Caminhamos em fila indiana pelas estreitas ruas. São memórias, histórias, sons, sabores e imagens .....O estômago já roncava quando encontramos o Cedro do Líbano, o mais famoso restaurante árabe da cidade. Acompanhadas por nossas guias Karla e Roberta, caímos de boca em deliciosos pratos. Depois fiquei sabendo que o dono é espanhol e o cozinheiro, cearense. Alguns quarteirões depois, chegamos ao CCBB. Pausa para um capuccino e energias renovadas para visitar a exposição Lusa, mostra bem que vem para o CCBB de São Paulo este ano. Na saída, nossos olhos se encheram ainda mais com a iluminação natural de final de tarde, o pôr do sol sobre a Igreja da Candelária. Um passeio imperdível.

(Fernanda Teixeira)

3 comentários:

Roberta Portas disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Roberta Portas disse...

Andar pelo centro do Rio é uma verdadeira ciranda, mas não no significado mas comum da palavra, mas pelo uso desta grande peneira.

Cirandar pelo Rio é peneirar entre os mais diversos acontecimentos e descobrir os mais variados objetos, não é à toa que os produtores deliciam-se nas pequenas lojas do SAARA...

Foi maravilhoso cirandar com vocês.

Um grande beijo

Roberta

Anônimo disse...

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