A peça “Equus”
de Peter Shafffer estreou em
São Paulo em 1975, sob direção de Celso Nunes
interpretada por Paulo Autran e Ewerton
de Castro. Ficou dois anos em cartaz por aqui, com mudança de elenco e depois
fez também grande sucesso no Rio. Posteriormente foi montada por outros
diretores. O espanto é que mesmo depois de tantos anos é super atual. Não
enfoca apenas o psicótico (Leonardo Miggiorin),mas os transtornos que ele causa
em seu psiquiatra (Elias Andreatto). Um texto imperdível e com excelentes
atores, inclusive como coadjuvantes, há nomes de peso como Patrícia Gaspar e
Mara Carvalho.
Dirigida por Alexandre Reinecke,
além de caprichar na atuação do elenco, a montagem tem excelente cenário que se
movimenta quando os envolvidos mudam, criado por André Cortez, figurinos cem por cento adequados de Renata
Young.
Como se não bastasse, a
iluminação do mestre Paulo Cesar Medeiros é como sempre de muito bom gosto, o
mesmo podendo ser dito da trilha sonora da tarimbadíssima Tunica.
Por tudo isso, foi uma ótima
opção para a reestreia do Teatro Folha que, não parece ter mudado quase nada,
exceto pela parte superior da plateia. Será que modificou a luz? Quem não
entende da área não percebe muito. Mesmo assim não deixe de ver.
Maria Lúcia Candeias
Doutora em teatro pela USP, Livre Docente pela Unicamp.