Por Maria Lúcia Candeiras
Doutora em Teatro pela Usp
Livre Docente pela Unicamp
Em vida foi chamado de misógino. Isso na maravilhosa segunda metade do século XIX. Maravilhosa porque sucedia o Romantismo (da primeira metade do mesmo século) que se deu conta da situação de inferioridade com que as mulheres eram tratadas pela sociedade, dando origem ao movimento feminista, já na época do Naturalismo.
Em vida foi chamado de misógino. Isso na maravilhosa segunda metade do século XIX. Maravilhosa porque sucedia o Romantismo (da primeira metade do mesmo século) que se deu conta da situação de inferioridade com que as mulheres eram tratadas pela sociedade, dando origem ao movimento feminista, já na época do Naturalismo.
Em matéria de Naturalismo, os principais autores de teatro foram os nórdicos: Enrik Ibsen (Norueguês) e August Strindberg (sueco). Não houve mulheres como na literatura. Strindberg além de top do Naturalismo influenciou o expressionismo e o surrealismo. Mas teve uma mãe como a que aparece na peça “O Pelicano”, em cartaz no teatro Viga, apenas aos sábados (21hs) e domingos (19hs). Não deixe de assistir, pois tem excelente direção de Denise Weinberg.
Esse mestre do teatro moderno foi o primeiro a escrever peças curtas e compactas que caracterizaram a programação do seu Teatro Íntimo que só teve o merecido sucesso depois de sua morte.
Denise escolheu essa peça que inaugurou esse gênero de dramaturgia. Conta com bom elenco entre os quais se destacam Flávio Barollo (o filho inconformado com o comportamento da mãe) e com a mais do que experiente Lílian Blanc (a empregada da casa) arrasando, que as vezes é substituída por Mari Nogueira que não vi atuando. Ótimo cenário e Figurinos (direção de arte de Carlos Calabone) e iluminação de Wagner Pinto, com fotografias de Ronaldo Gutierrez.
Não deixe de ver.
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