Os gatos arrepiaram na última sessão de Cats em São Paulo, no Teatro Abril. Bilheteria cheia de gente amontoada a 45 minutos do começo do musical. Quem deixou para o final da temporada não assistiu. Depois de 6 meses em cartaz, era grande o número de pessoas que não conseguiu comprar ingresso e voltou para casa sem ver um dos musicais mais longevos da história da Broadway (o outro é O Fantasma da Ópera). A sessão das 16 horas ainda demoraria e a despedida era ensaiada no clima de ansiedade dentro do teatro repleto de famílias, crianças, pipoca, Coca-Cola.
A iluminação colorida, as letras cheias de charme e criatividade (na versão do cantor e compositor Toquinho) dos belos temas musicais e as elaboradas coreografias molhavam os olhos. Os nossos e os dos artistas. Dava para ver o brilho refletido na face de cada um. Algumas lágrimas teimando em escorrer, que dois dedos limpavam antes de chegar à boca. A plateia, boquiaberta, admirava o talento dos artistas para cantar, dançar e interpretar. Tudo ao mesmo tempo. Com muita precisão.
No palco, 30 figuras iluminadas, abençoadas por um dom, habilidade para embalar fantasias, devaneios de simples mortais. Um personagem mais cativante que o outro – do Bom Deuteronomy de Saulo Vasconcelos, passando pela Grizabella da estreante nesse universo Paula Lima e seu potente vozeirão, a Jellylorum da linda e experiente Sara Sarres, a Bombalurina da não menos talentosa Gianna Pagano, o Gus de Fernando Patau, o Mungojerrie de Césinha Moura. As piruetas do gato mágico Mistoffeles (Jhean Allex), o charme irreverente de Rum Tum Tugger de Cleto Baccic.
De repente, no canto do palco, olhos azuis, a peruca de um dos gatos escondendo os cabelos ruivos. A querida produtora Rosana Guerra era uma surpresa no meio do elenco, "infiltrada" entre os felinos no meio da apresentação. O elenco foi surpreendido e homenageado, ainda, pelas "canjas" surpresas do pianista Miguel Briamonte e do diretor residente Floriano Nogueira, ambos também caracterizados de gatos. Na boca de cena, as produtoras Bia Ramsthaler, Enide Nascimento e Luanda lançavam pétalas vermelhas de rosa sobre os atores. Aplausos e mais aplausos.
Os espectadores fizeram de Cats em São Paulo um sucesso. E nós trabalhamos sete meses na assessoria de imprensa do espetáculo, com o mesmo prazer do dia da coletiva e da estreia. Cotidianamente, criamos laços, empatia, relações de afinidade, com o elenco, produção, técnicos, stages, peruqueiras, o diretor de palco Raul, o maestro Paulo Nogueira.
Levamos ao backstage do teatro, semanalmente, equipes de quase todas as emissoras de TV e rádio de São Paulo, Interior e outras capitais. Até o último final de semana, tinha matéria agendada nos bastidores. Quase todos os atores e envolvidos concederam entrevistas, tal era o revezamento aplicado para todos participarem.
Nos primeiros meses, os artistas demoravam mais em seus camarins, se preparando com empenho para que nem um risco da trabalhosa maquiagem saísse do modelo. No final, todos estavam afinadíssimos e se transformavam, em média em 20 minutos, em gatos da tribo Jellicle. Com o passar dos meses, fomos reconhecendo cada artista por trás daqueles rostinhos felinos.
No pouco tempo livre antes das sessões, entre uma preparação vocal e outra corporal, ajuste de microfones, visitinhas uns nos camarins dos outros. Era um tal de gato pra lá, gato pra cá nos amplos bastidores do Teatro Abril. Aos poucos, foram despedindo dessa rotina. A descontração era tanta que, em quase todos os dias de pauta, tivemos que buscar Saulo Vasconcelos em uma salinha escondida lá embaixo, onde sempre rolava um animado campeonato de videogame.
Por tudo isso e outros preciosos detalhes de bastidores que não precisam ser revelados, sentiremos saudades de um trabalho delicioso. Obrigado a todos pela experiência de termos convivido todos esses meses. Que a gente se encontre em breve, em outro grande musical!
A iluminação colorida, as letras cheias de charme e criatividade (na versão do cantor e compositor Toquinho) dos belos temas musicais e as elaboradas coreografias molhavam os olhos. Os nossos e os dos artistas. Dava para ver o brilho refletido na face de cada um. Algumas lágrimas teimando em escorrer, que dois dedos limpavam antes de chegar à boca. A plateia, boquiaberta, admirava o talento dos artistas para cantar, dançar e interpretar. Tudo ao mesmo tempo. Com muita precisão.
No palco, 30 figuras iluminadas, abençoadas por um dom, habilidade para embalar fantasias, devaneios de simples mortais. Um personagem mais cativante que o outro – do Bom Deuteronomy de Saulo Vasconcelos, passando pela Grizabella da estreante nesse universo Paula Lima e seu potente vozeirão, a Jellylorum da linda e experiente Sara Sarres, a Bombalurina da não menos talentosa Gianna Pagano, o Gus de Fernando Patau, o Mungojerrie de Césinha Moura. As piruetas do gato mágico Mistoffeles (Jhean Allex), o charme irreverente de Rum Tum Tugger de Cleto Baccic.
De repente, no canto do palco, olhos azuis, a peruca de um dos gatos escondendo os cabelos ruivos. A querida produtora Rosana Guerra era uma surpresa no meio do elenco, "infiltrada" entre os felinos no meio da apresentação. O elenco foi surpreendido e homenageado, ainda, pelas "canjas" surpresas do pianista Miguel Briamonte e do diretor residente Floriano Nogueira, ambos também caracterizados de gatos. Na boca de cena, as produtoras Bia Ramsthaler, Enide Nascimento e Luanda lançavam pétalas vermelhas de rosa sobre os atores. Aplausos e mais aplausos.
Os espectadores fizeram de Cats em São Paulo um sucesso. E nós trabalhamos sete meses na assessoria de imprensa do espetáculo, com o mesmo prazer do dia da coletiva e da estreia. Cotidianamente, criamos laços, empatia, relações de afinidade, com o elenco, produção, técnicos, stages, peruqueiras, o diretor de palco Raul, o maestro Paulo Nogueira.
Levamos ao backstage do teatro, semanalmente, equipes de quase todas as emissoras de TV e rádio de São Paulo, Interior e outras capitais. Até o último final de semana, tinha matéria agendada nos bastidores. Quase todos os atores e envolvidos concederam entrevistas, tal era o revezamento aplicado para todos participarem.
Nos primeiros meses, os artistas demoravam mais em seus camarins, se preparando com empenho para que nem um risco da trabalhosa maquiagem saísse do modelo. No final, todos estavam afinadíssimos e se transformavam, em média em 20 minutos, em gatos da tribo Jellicle. Com o passar dos meses, fomos reconhecendo cada artista por trás daqueles rostinhos felinos.
No pouco tempo livre antes das sessões, entre uma preparação vocal e outra corporal, ajuste de microfones, visitinhas uns nos camarins dos outros. Era um tal de gato pra lá, gato pra cá nos amplos bastidores do Teatro Abril. Aos poucos, foram despedindo dessa rotina. A descontração era tanta que, em quase todos os dias de pauta, tivemos que buscar Saulo Vasconcelos em uma salinha escondida lá embaixo, onde sempre rolava um animado campeonato de videogame.
Por tudo isso e outros preciosos detalhes de bastidores que não precisam ser revelados, sentiremos saudades de um trabalho delicioso. Obrigado a todos pela experiência de termos convivido todos esses meses. Que a gente se encontre em breve, em outro grande musical!
(Fernanda Teixeira, Adriana Balsanelli e Douglas Picchetti)
6 comentários:
Nooossa que matéria show... emocionante!!!
De fato foram 6 meses de emoção, diversão e muito talento nos palcos e backstage do Teatro abril !!! Adorei o texto, e toda essa "era" de CATS no Teatro Abril !!! Assisti a 12 sessões, mas assistiria as 173 se tivesse tido a oportunidade !
Qua coisa mais linda, me emocionei com suas palavras....senti uma imensa alegria de assisti-los... foi um sonho
Gente...adoreeeeei!
Cats foi muito emocionante e a despedida é sempre triste...Maravilhososs Jellicles Cats...
Agradeço a Adriana, Douglas e Lígia pelo carinho e profissionalismo com que sempre trataram Cats.Vocês são 10!
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