Neil Simon é o autor mais bem sucedido da Broadway. É claro que quem só gosta dos experimentais, off e off off Broadway, não o valoriza tanto assim e até chama suas peças de teatrão.
Mesmo nesse caso, talvez não devesse deixar de ir ao teatro Folha para assistir “Estranho Casal”, ainda que já tenha visto no cinema ou no teatro. A direção de Celso Nunes é perfeita e não é à toa. Afinal o grupo do Celso, o “Pessoal do Vitor”, ficou famoso nos anos 70, pois foi dos primeiros a montar texto surrealista. Esteve na vanguarda dos anos 70 e hoje, como todos nós com o tempo, ficou mais convencional, quando as inovações são incorporadas por todos. Além da brilhante carreira de encenador, foi quem fundou o Departamento de Artes Cênicas da Unicamp.
A montagem conta ainda com o apoio da cenografia de José Dias um dos melhores do país, assim como o iluminador Paulo César Medeiros e conta com ótimos dos figurinos de Ney Madeira. Seu trunfo maior, são os maravilhosos atores entre os quais destacam-se Carmo Dalla Vecchia, Edison Fieschi, e Marcelo Várzea. O objetivo é mostrar ao espectador que não importa a sexualidade dos envolvidos, nem o tipo de relacionamento, seja amizade, família ou casamento, morar junto é muito difícil. Se você precisa ver para crer não perca, se concorda com as teses vá para se divertir muito.
Por Maria Lúcia Candeias
Doutora em teatro pela USP
Livre Docente pela Unicamp
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