Da Vinci revê entre outras
antigas crenças as formas e ideias sobre o corpo humano e as expõe verbalmente,
mas mais ainda através de suas pinturas. Ele (Tadeu di Pietro) encontra
Maquiavel (Tadeu de Pietro também) que o público diferencia devido aos ótimos
figurinos que foram criados pelo diretor Elias Andreato que assina ainda a
cenografia e a iluminação, mostrando competência em todas essas atividades, que
colaboram para o ótimo espetáculo.
Maquiavel é o principal
protagonista, expondo com clareza suas ideias de que o homem é uma criatura que
se move segundo seus próprios interesses e não por forças externas místicas ou
não. Quem nunca se deteve na leitura de “O Príncipe” levando em conta a revolução
que foi e são suas ideias precisa correr para ver. Vale muito a pena. O texto
elaborado por Miguel Filiage e o próprio ator teve supervisão de Chico de Assis
e é sucinto, assim como claro. Até didático – sem esquecer que não se trata de
uma aula – como convém a peças teatrais. Especialmente indica ao público jovem,
a meu ver.
Além dessas qualidades. o
espetáculo se passa no MUBE Museu Brasileiro da Escultura que divide um terreno
na avenida Cidade Jardim esquina de rua Alemanha, Jardim Europa, com o Mis,
Museu da Imagem e do Som. Locais extremamente agradáveis de se visitar, ambos
atualmente exibindo várias peças.
Se você se interessou pelo tema Leonardo
Da Vince e Nicolau Machiavel, não deve perder, pois é um assunto que continua atualíssimo, com ótima
atuação de Tadeu de Pietro e excelente direção de Elias Andreato.
Maria
Lúcia Candeias
Doutora
em teatro pela USP e Livre Docente pela Unicamp
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