domingo, 24 de março de 2013

Livros lidos em 2013 - O Filho Eterno - C. Tezza - A Cidade Ilhada - M. Hatoum - Elogio da Madrasta - M V llosa - Kafka e a Boneca Viajante - Jordi Sierra

terça-feira, 12 de março de 2013

PASMEM! UM DIVÓRCIO DE GENTE QUE SE AMOU, PODE VIRAR PIADA.



Não é fácil, mas Franz Kepler conseguiu.  Um casal de advogados divorciados atende dois clientes mais jovens querendo entrar em acordo para assinar o fim do matrimônio. Em geral, quando as relações chegam ao final um culpa o outro  por não formar o par que parecia perfeito no começo do relacionamento. José Rubens Chachá ( como sempre nota mil) faz o defensor da garota jovem, Natália Rodrigues, que interpreta com precisão, uma garota um tanto tímida.  O oposto da defensora do seu ex, Suzy Rêgo, que está o tempo todo fervilhando de raiva, numa composição muito divertida, em defesa do jovem que não gosta de brigar Pedro Henrique Moutinho. Com texto tão diferente e brilhante de Kepler, elenco de ótimo nível o espetáculo já merece ser assistido. Mas não é só por isso.

O diretor Otávio Martins não só brilha como diretor desse elenco, como do espetáculo como um todo.  A iluminação de Wagner Freire é como sempre impecável e de extremo bom gosto. Os figurinos de Marichilene Artisevekis cujo trabalho eu desconhecia são elegantes – mas nem tanto – como pede a peça. A cenografia de Marco Lima é também adequada e bonita, ocupando com inteligência o espaço do Teatro Raul Cortez, cujo palco é enorme  e essa questão se resolve tirando e colocando móveis grandes e muito bonitos. Além disso, não é possível não citar a música original e bem casada com tudo o que acontece em cena, de autoria de Ricardo Severo.

Quem costuma ir ao teatro para se divertir, ou para ver uma encenação excelente, sem fazer a menor questão de grandes nexos ou lições, vai morrer de rir e adorar  “Divórcio”, uma comédia pra lá de divertida. Se é o seu caso, não perca.

                      Maria Lúcia Candeias,
 doutora em teatro pela USP, Livre Docente pela Unicamp.