sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Produtores teatrais em alta

Um viva ao 1º Seminário de Formação de Platéias, realizado dia 26 de agosto, no Memorial da América Latina, em São Paulo. A primeira iniciativa da recém-criada APTI - Associação dos Produtores Teatrais Independentes (formada por Fernanda Signorini, Mario Martini, Edson Paes de Melo, Roberto Monteiro, Fernando Cardoso, Célia Forte e Marília Toledo, entre outros profissionais atuantes no mercado) tem todo o nosso apoio. Com participação do ator Odilon Wagner, da diretora Maria Thais e Danilo Santos de Miranda, teve brilhante participação do senador Cristovam Buarque. Depois de ser ovacionado pela platéia, que incluía as atrizes Denise Fraga, Beatriz Segall e Irene Ravache, o senador dirigiu-se ao diretor Antonio Abujamra e afirmou: "Vou falar uma coisa que eu não disse a nenhum brasileiro: para mim, existem dois nomes, é você e Darcy Ribeiro". Na platéia, Antonio Abujamra ficou tão sensibilizado que não conseguiu nem aceitar o convite do senador para almoçar. Foi ao cinema.
(Fernanda Teixeira)

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Parabéns, Dib!

A noite de lançamento do livro da peça Salmo 91, segunda-feira, no Teatrix fechado para o evento, comprovou mais uma vez o que todo mundo já sabia: que o jornalista (editor de Cultura do jornal O Estado de S. Paulo) e dramaturgo Dib Carneiro Neto é, antes de tudo, uma pessoa muito querida. Jeito simples, temperamento tranqüilo, escritor de talento do tamanho de sua generosidade, Dib autografou a nova obra por mais de três horas seguidas. Entre abraços e beijos, a tinta da caneta acabou algumas vezes e a fila era uma grande diversão. Estava todo mundo lá: a família, o filho, os atores, diretor e produtor do espetáculo (Pascoal da Conceição, Rodolfo Vaz, Pedro Moutinho, Rodrigo Fregnan e Ando Camargo, Gabriel Villela e Claudio Fontana), os colegas da imprensa de vários veículos (Sergio Roveri, Alexandre Staut, Elaine Bittencourt, Mauro Fernando, Érika Riedel, o pessoal do Caderno 2, encabeçado por Luiz Carlos Merten, Eliana Silva de Souza, Ubiratan Brasil, Beth Nespoli), a dramaturga Pamela Duncan, a jornalista Roseli Tardelli, a dramaturga Marta Góes, o fotógrafo João Caldas, a jornalista e dramaturga Célia Forte, os atores Thiago Lacerda, Clarisse Abujamra, Walderez de Barros, Heloisa Castilho e Daniel Maia, Débora Dubois e Gustavo Kurlat, Claudio Fontana, Rachel Ripani, Marco Antônio Pâmio, o produtor Francisco Marques, entre tantos outros amigos.

Prêmio Shell de Melhor Texto Teatral de 2007, a obra é baseada no livro Estação Carandiru, de Drauzio Varela. A peça, agora publicada pela Editora Terceiro Nome (de Mary Lou Paris), estreou em 2007, com direção de Gabriel Villela, no Teatro do Sesc Santana. As fotos a seguir são de Luiz Pelegrini.
(Fernanda Teixeira)

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Notas sobre a produção e gestão cultural

Quinta, dia 14, no Itaú Cultural, Romulo Avelar, produtor e gestor cultural, responsável pela produção e direção de diversos espetáculos musicais, lança livro e faz palestra sobre Produção e Gestão Cultural. Na palestra O Avesso da Cena, o autor aborda uma série de pontos extraídos do livro, analisando o contexto cultural brasileiro e, mais especificamente, o campo de trabalho dos produtores e gestores culturais. Partindo da premissa de que o setor precisa se apropriar de ferramentas da administração, discorre sobre a aplicação de instrumentos como planejamento estratégico, logística e gestão da qualidade ao cotidiano de grupos e instituições culturais. Avelar discute também alguns temas emergentes da cena cultural brasileira, como a distribuição da produção, o impacto da legislação de incentivos fiscais sobre as bilheterias e a fidelização de público.

Romulo Avelar foi assessor especial da Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais e presidente da Comissão Técnica de Análise de Projetos da Lei Estadual de Incentivo à Cultura. Atualmente, trabalha como assessor de planejamento do Grupo Galpão e do Grupo do Beco.

Para quem puder conferir, a palestra acontece na quinta-feira, dia 14 de agosto, das 19h às 21 horas, no Itaú Cultural - Sala Vermelha (Av. Paulista, 149 - São Paulo/SP). A entrada é franca e não é necessário fazer inscrição antecipada. Coquetel após o lançamento do livro.
(Adriana Balsanelli)

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Festa da cerveja e bronca ao telefone

Na redação do jornal onde trabalhava, entre uma e outra reportagem, sempre sobrava um tempo à tarde para descer até a padaria e tomar uma cervejinha com dois ou três amigos da equipe de repórteres da editoria de variedades. Nesse dia não foi diferente. Entre o fechamento e a última revisão, ela, Dagoberto Bordin, a Tereza Pagliaro, a Mariângela de Jesus e o Rogério Menezes deram uma escapadinha. Homem tranquilo, jornalista experiente, o editor Wladyr Nader não se importava, gostava do pessoal, tinha até certo orgulho de contar com tantos repórteres em um jornal pequeno como a Folha da Tarde, na época o primo pobre da Folha de S. Paulo. Jornalista em começo de carreira, ela estava no meio de um texto mas deu uma pausa no computador e saiu, convencida pelos meninos. Atravessaram a Barão de Limeira e tomaram, como de costume, a tal cerveja, acompanhada de sanduíche de queijo quente.

Voltaram logo, a repórter, então, se apressou em se sentar em frente a seu micro. Antes passou na arte e pediu ao diagramador uma ilustração para a matéria que produzia. Seria uma caneca ou um copo de cerveja, bem espumante, para destacar a Festa da Cerveja, programada para acontecer naquele próximo fim de semana, na casa de Portugal, conforme dizia o release. Achou inusitadas as informações sobre os produtos: cervejas que vinham de várias regiões de Portugal. Ainda pensou, engraçado Portugal ser celeiro de cerveja, não sabia que tinha tanta variedade dessa bebida em Portugal e eles exportavam ainda por cima....

Terminada a materinha – era um destaque para o suplemento de variedades Programe-se, editado pelo Orlando Fassoni -, a ilustração caiu como uma luva. No dia seguinte, jornal rodado, ela ainda nem tinha aberto o caderno que era encartado no jornal às sextas-feiras. O telefone tocou na redação ainda vazia, ela atendeu. Do outro lado, uma voz em tom irritadíssimo perguntava quem havia feito aquela matéria, escrito aquelas besteiras, sobre a festa da cerveja, e que era um absurdo um repórter ser tão desatento e distraído, que ela iria reclamar com o editor, que iria pedir a demissão do responsável e coisa e tal. Tentando acalmar a senhora, a jornalista só piorava a situação. Moral da história: a cervejinha no bar deu no que deu e acabou confundido o leitor programado para ir à tradicional Festa da Cereja na Casa de Portugal. Em tempo: Quase vinte anos se passaram e hoje eu ainda dou muita risada ao contar essa história. Melhor: ninguém no jornal ficou sabendo do tal telefonema.

(Fernanda Teixeira)